Ordem Internacional e Multilateralismo
Romanos e gregos – As relações transatlânticas e o teste das intervenções militares, por Bruno Cardoso Reis
Se parece improvável que os EUA apostem num império formal, com o controlo direto dos territórios, também é evidente em determinados aspetos da ideologia nacional tradicional norte-americana – a ideia do carácter excecional e exemplar da América – a existência de um forte potencial imperialista. Esta característica foi posta em maior evidência com a Administração Bush II, o pós-11 de setembro e a posterior guerra contra o Iraque. A forma como Tony Blair e outros aliados europeus da Administração Bush encaram essa possibilidade parece revelar a sua aceitação do papel de gregos – conselheiros mais experientes e sábios – em relação às legiões norte-americanos. O presente artigo analisa, nestas circunstâncias, se poderá Washington seguir o caminho de um império realmente global e qual o papel da Europa – e da NATO – em tudo isto.