Adesão à Europa e Política Europeia
Promessas e perigos da identidade europeia, por Viriato Soromenho-Marques
Neste artigo são assinaladas as limitações do Tratado de Amsterdão que, com o objetivo de fazer corresponder a união política ao esforço da união monetária, parece ter, ao invés, acentuado a assimetria, a estagnação e os limites de resposta do projeto europeu na viragem do milénio. A Europa afigura-se, sobre este espectro, não como solução ideal, mas como única alternativa, para a qual importa uma análise europeísta, da qual o presente artigo serve como exemplo. Propõe-se, neste sentido, a crítica da questão do recalcamento do federalismo como indicador suficiente das deficiências estruturais no consenso europeu, que se vê como secundário à perda da matriz democrática e axiológica, e cuja reposta passa pela clarificação dos contornos federais futuros da UE. Estes devem, por seu turno, focar-se no desenvolvimento de uma política externa e de segurança comum baseada na promoção internacional dos valores fundamentais europeus.