Política Mediterrânea
A oportunidade inesperada, por José Garçon
A Rússia primeiro, mas também a Argélia, Israel, a Síria e o Irão foram rápidos a condenar os atentados de 11 de setembro e a perceber que dividendos poderiam retirar de um alinhamento ao lado dos “bons” na batalha contra o terrorismo. Na Argélia instrumentaliza-se o apoio à “guerra contra o terrorismo” com o inexplicável regresso da violência no contexto da atmosfera de revolta política e social da última primavera. Em Israel pretendeu-se tirar vantagens deste novo dado na cena internacional assimilando a intifada ao terrorismo. Na Síria e no Irão a dura condenação aos ataques nos EUA resulta de uma vontade comum: deixar de figurar na lista do Departamento de Estado dos países que apoiam o terrorismo.