Segurança e Defesa
A europeização da política de defesa, por Álvaro de Vasconcelos
A participação portuguesa nas operações de manutenção de paz na Bósnia-Herzegovina representou tanto uma rutura com a política de não envolvimento militar como um sinal do comprometimento europeu de Portugal. O debate Angola ou Bósnia sintetizou os dilemas da política de defesa portuguesa, confrontada, no pós-guerra fria, com a necessidade de estar em condições militares de intervir em dois cenários ao mesmo tempo, um europeu e outro extraeuropeu, em operações de imposição ou manutenção da paz, confirmado nos últimos anos. É neste sentido que o presente artigo argumenta a favor de uma internacionalização da política externa e de defesa Portuguesa no quadro tanto da União Europeia como da NATO que se deve definir na doutrina das intervenções humanitárias.