Relações com os países africanos, Timor e Macau

A cooperação internacional e os processos de paz: o exemplo angolano, por José Manuel Durão Barroso

A assinatura de 1991 em Lisboa dos acordos de paz para a Angola conclui um longo processo de mediação do conflito interno angolano conduzido por Portugal, com o apoio dos Estados Unidos e da União Soviética. Tratou-se de um acontecimento político relevante e condicionante do futuro, não só de Angola, como também da África Austral. Quais as razões que tornaram possível este desenlace? Como se explica que Portugal, a antiga potência colonial, tenha desempenhado um papel de primeiro plano no processo que conduziu à assinatura dos acordos de paz para Angola? Por que motivo as duas grandes potências aceitaram um papel de algum modo liderante de um pequeno país da Europa ocidental, em vez de elas próprias procurarem, diretamente, resolver o problema angolano? No presente artigo, José Manuel Durão Barroso, na qualidade de interveniente ativo nas negociações, procura responder a estas e outras questões relativas tanto ao processo de paz angolano, como às relações deste país com Portugal , e aos ensinamentos mais gerais que porventura se possam extrair, no contexto da política e das relações internacionais, do desenlace do processo de paz angolano.

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Data
1991-01-01
OBS
BARROSO, José Manuel Durão. "A cooperação internacional e os processos de paz: o exemplo angolano". Estratégia - Revista de Estudos Internacionais: Lisboa. IEEI. Nº 8-9 (1991). p. 13-20 págs.
Dimensão do suporte
8 págs.
Idioma
Português