Transições Democráticas
As relações com o passado e as prioridades democráticas, por Alexandra Barahona de Brito
O presente artigo debruça-se sobre a tarefa herculana a que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha se comprometerem no que diz respeito à implementação no Iraque de uma democracia e das liberdades civis e políticas básicas, reconstruindo, simultaneamente, a segurança económica e social básica no pós-guerra e pós-Saddam. Assim, e assumindo a análise comparativa com a América Latina, tenta-se responder de como podem os atores internacionais silenciar inimigos sem sanções severas e satisfazer amigos sem gerar a hostilidade daqueles que não são favorecidos e, por outro lado, até que ponto pode um poder internacional substituir ou moldar a vontade popular. Neste sentido, são ressalvados não só os benefícios de envolver a ONU no processo de transição democrática, mas também da UE para o povo iraquiano, na sua ação de contrapeso à administração americana.