Segurança e Defesa
Intermezzo europeu ou a fuga para a frente?, por Maria do Rosário de Moraes Vaz
Do final da conferência intergovernamental, de que a Constituição europeia saiu adiada, salva-se o progresso, quase unânime, da defesa europeia, que pode “finalmente” proclamar a sua “autonomia”. Neste sentido, o presente artigo relaciona os progressos feitos no âmbito da política externa, segurança e defesa europeia – em que se destacam a redirecção do ênfase da defesa e segurança comum para a capacidade militar dos Estados membro e a criação de um representante na política externa europeia, sob a forma da figura do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União – com a da autonomia e afirmação europeia na cena internacional, alertando, contudo, para o risco de a fusão entre política interna e externa sob a bandeira da segurança comum pôr em causa a possibilidade de dar consistência aos pilares europeus políticos e de ação internacional.