O Capítulo começou como um ciclo de apresentações que levava o público ao Museu de Leiria, apresentando quadros vivos sob a forma de concertos. Com a integração de um horário de fim da tarde de domingo, foi solidificando uma programação eclética e conseguindo ter sempre lotação esgotada, sobretudo com público familiar.

Na entrada, o público era dirigido para o circuito expositivo do Museu de Leiria antes de poder chegar até à Sala do Capítulo, onde se realizam os concertos, promovendo desta forma uma visita rápida que se mostrou potenciadora do regresso desse mesmo público àquele espaço museológico no futuro.

Agora, há uma inovação no modelo do Capítulo, mantendo o ecletismo da programação e o horário de apresentações musicais, mas ampliando o seu impacto.

Dado o enorme sucesso da atividade, o Museu de Leiria entrega agora a sala do Capítulo, permanentemente, à curadoria da CCER+ e disponibiliza a sua equipa para implementar um desafio pensado em parceria.

Um ciclo de 4 exposições trimestrais onde se dá a conhecer um pouco da vida e obra de 4 figuras incontornáveis que revolucionaram a música tal como a conhecemos hoje. Para cada uma destas figuras foram selecionados 4 músicos e 4 artistas visuais aos quais se lança o desafio: E se houvesse uma gravação inédita deste artista? Como seria mergulhar no universo visual do artista e criar uma nova interpretação da sua identidade gráfica?

É na resposta a este desafio que o músico cria uma obra inédita para apresentar na Sala do Capítulo e o artista visual reinterpreta o mundo visual deste ícone musical.

A exposição estará patente ao longo do trimestre e, para além da obra do artista visual, terá espaço para a biografia daquela figura e alguns fonogramas do seu repertório, existindo estes no arquivo pessoal de elementos da CCER+. A atuação do músico acontece no encerramento da exposição.

Ao longo de todo este processo, os artistas vão estar em constante diálogo com a equipa do Museu de Leiria e o designer da CCER+, de forma a garantir um selo de qualidade da exposição.

Entre 12 de abril e 29 de junho, a sala do Capítulo do Museu de Leiria recebe uma homenagem a Raymond Scott, o visionário que moldou o som moderno.

Raymond Scott (1908–1994) foi uma das figuras mais revolucionárias da música do século XX, deixando um impacto duradouro tanto como compositor quanto como inventor.

Jazz, eletrónica, jingles, sons experimentais, música para bebés e para desenhos animados, Scott moldou o nosso imaginário de som moderno.

Como inventor, antecipou inovações que hoje são omnipresentes, desde os primeiros sintetizadores ou gravadores por pistas às primeiras experiências que nos levaram a conceitos como o streaming e a utilização de inteligência artificial na produção e difusão do som.

O impacto de Raymond Scott na música e na tecnologia é avassalador.

Este Capítulo celebra o génio visionário de Raymond Scott e a sua capacidade de unir criatividade e tecnologia.

A mostra oferece uma breve contextualização da sua obra enquanto músico e inventor e apresenta registos fonográficos da sua carreira, desafiando-nos a conhecer melhor o seu legado e desafia também dois artistas contemporâneos a reinterpretar o seu legado de uma forma original.

Como poderia ser uma capa de um disco de Raymond Scott em 2025? Como poderia soar uma composição de Raymond Scott em 2025? O fotógrafo Valter Vinagre e o músico Hasselberg respondem a este desafio e, durante a exposição, poderemos conhecer a criação visual e, no final, conheceremos a nova música, interpretada ao vivo.

A mostra estará aberta ao público ao longo do horário habitual do Museu de Leiria entre 12 de Abril e 29 de Junho e conta com dois apontamentos especiais, no seu início e no seu final: dia 12 de abril, pelas 15h30, há uma Conversa com Rita Braga e Hugo Ferreira e a apresentação do documentário Deconstructing Dad (the story of Scott's life and career from a unique perspective, that of his only son, Stan Warnow) e dia 29 de junho às 18h30 é o Concerto de apresentação de “Deconstructing Raymond Scott” por Hasselberg.

Esta é a primeira mostra de quatro que se realizarão ao longo de 2025, sempre na sala do Capítulo do Museu de Leiria.

De abril a junho, dedicamo-nos à pioneira da música eletrónica, a inglesa Delia Derbyshire, exposição que será acompanhada pela interpretação visual da artista Lisa Teles e será encerrada com um concerto de Surma, inspirado no universo de Derbyshire.

De julho a setembro mergulhamos no afrobeat do nigeriano Tony Allen, com pinturas de Leonardo Rito e uma apresentação ao vivo dos bateristas Pedro Marques (First Breath After Coma) e Vasco Silva (Whales).

Fechamos o ano a homenagear o nipónico Ryuichi Sakamoto, no qual se irá inspirar o designer gráfico Paulo Fuentez e que termina numa obra interpretada ao vivo em Dezembro por Rui Gaspar.

Capítulo é uma iniciativa da CCER MAIS, CRL com co-produção do Museu de Leiria e co-financiada pela Direcção Geral das Artes e Município de Leiria.

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