Através de uma prática artística que combina assemblages de materiais cotidianos, como relatórios, recortes e até graxa de sapato, Thompson questiona as narrativas historiográficas dominantes e propõe uma ressignificação do passado, dando voz a histórias marginalizadas.

O seu trabalho cria um espaço de estratificação temporal, onde a tensão entre presença e ausência, e entre o documento histórico e a imaginação especulativa, gera novas possibilidades de leitura e compreensão.

As pinturas e esculturas sonoras de Thompson, que dialogam com o classicismo épico e a tradição ocidental, exploram questões de negritude e intelectualidade, propondo uma crise no espetador ao questionar as formas de codificação cultural e os cânones estabelecidos.

O artista utiliza a sobreposição de materiais, vozes e significantes como um método para desestabilizar o arquivo colonial e repensar a relação entre oralidade, escrita e memória. Influenciado por pensadores como Édouard Glissant e Saidiya Hartman, Thompson constrói uma poética da dispersão que transforma o impercetível em percetível e o silêncio em um eco persistente.

Horário: Terça a sábado, das 10h às 19h