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Música

Concerto de Páscoa – Um Requiem Alemão de Brahms

Johannes Brahms (1833-1897) foi muito claro nas palavras iniciais do seu Requiem Alemão — trata-se de uma obra de consolo para quem vive enlutado.

© Bruno Simão

17 Abr 2025  |  20h00

Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa

O compositor alemão era bastante reservado e dizia que se revelava através da música. Observando a sua vida, vemos que duas mortes o marcaram profundamente — a do seu mentor, o compositor Robert Schumann, em 1856, e a da sua mãe, em 1865. A perda destas duas figuras centrais foi o catalisador para a composição da monumental obra-prima coral-sinfónica, concluída em 1868.

O título Um Requiem Alemão, com o artigo indefinido Um no início, é uma homenagem aos compositores que o precederam, e o Alemão indica a língua alemã em que foi escrita, por oposição ao latim. Mas o Requiem de Brahms em tudo difere da missa de mortos, a começar pelo uso de textos escolhidos por Brahms do Antigo e Novo Testamentos, passando pela sua estrutura e terminando no enfoque sobre o consolo dos vivos, por oposição à salvação das almas dos mortos no rito católico.

A obra tem uma estrutura simétrica em sete andamentos. No pungente 2.º andamento, ouvimos uma marcha fúnebre, com material musical de uma sinfonia que Brahms não concluiu. No 3.º, o barítono solista interpela Deus e manifesta o seu medo antes de nos dar confiança. No 6.º andamento, surge finalmente a palavra morte, na Carta aos Coríntios 15:55: «Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» Os andamentos de fora e os andamentos centrais confortam-nos. O consolo vem sob a forma de alegria, de descanso e de mimo de mãe, no 5.º andamento com soprano solista, por muitos considerado o ponto alto do Requiem.

A estreia, em fevereiro de 1869, marcou uma viragem na vida de Brahms, cuja reputação e fama de grande compositor subiram exponencialmente até aos nossos dias. 

Conversa pré-concerto às 19h30 com o investigador Rui Magno Pinto (CESEM – NOVA FCSH).
Atividade exclusiva para portadores de bilhete para o concerto.

Direção musical Hartmut Haenchen
Soprano Lenneke Ruiten
Barítono Wolfgang Rauch 
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giampaolo Vessella
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestro titular Antonio Pirolli

>> Bilhetes

Fonte: AgendaLX
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