A exposição que agora chega à Covilhã, reforça a atualidade e a relevância da produção artesanal que evidencia o tempo dedicado a cada objeto, a beleza natural dos materiais e a eficácia das técnicas desenvolvidas ao longo do tempo. Por todo o país persistem práticas artesanais que manifestam a identidade heterogénea do território, constituindo-se como uma autêntica rede viva do Saber Fazer. Trata-se de um conhecimento concreto que resiste em pequenas unidades de produção distribuídas pelo país.

A produção artesanal tradicional apresenta também uma relação equilibrada com o meio ambiente, pela escala humana da sua produção, pela sua profunda integração no território e pela envolvência cultural. O tema Tecer Saberes destaca a utilização da trama (e do tear), unindo a tecelagem e a cestaria como uma técnica artesanal ancestral disseminada por todo o território nacional. A exposição integrará peças de tecelagem, como as mantas de lã de Lamas de Orelhão, a tecelagem manual de algodão de Gouveia e a carpete de junco de Santarém; a tesoura de tosquiar de Donfins do Jarmelo; instrumentos musicais, como o Adufe e a Viola Beiroa; cestaria e olaria.