A  seleção de experiências gráficas, pictóricas e tridimensionais desenvolvidas entre 2014 e 2024 foram realizadas a partir dos lugares por onde andei por Cabo Verde, em especial pela ilha do fogo, mais propriamente chã das Caldeiras.

A paisagem e as viagens são o  tema, mas o referente já não é mais o lugar, é sim a experiência de representar esse lugar.  O desenho, a pintura, a instalação são agora a origem e a fonte de ativações que interpretam o que penso e represento como sendo a paisagem. As séries que apresento são uma revisão reflexiva do desenho no cruzamento com outras formas de expressão onde ativo a perceção ótica e háptica com a representação que projetamos da memória. Baseiam-se no uso dos comportamentos fundamentais da expressão gráfica, da relação do corpo com o espaço, do uso e experimentação de materiais e suportes, num sentido que pretende ir de encontro do registo da memória.

SÍLVIA SIMÕES nasceu no Porto, em 1974. Iniciou a atividade docente no ensino superior em 1999 na Escola Superior de Design de Matosinhos. Ingressa como Assistente convidada na Faculdade de Belas Artes do Porto em 2000 onde continua como Professora Auxiliar. No ano 2020/22 esteve envolvida na equipa da criação do Curso de licenciatura de Desenho da Faculdade de Belas Artes do Porto que terá início no ano letivo 2022/23. Assume diversos cargos de gestão sendo os mais relevantes a Presidência do Conselho Pedagógico e Membro do Senado da Universidade do Porto desde 2015.

No contexto da Investigação para além de fazer parte do Conselho Científico do Centro de Investigação faz parte da equipa do projeto de investigação “DRAWinU – DRAWING ACROSS UNIVERSITY BORDERS” (PTDC/ART-OUT/3560/2021) tendo a seu cargo a responsabilidade da área da Engenharia.

Como artista plástica expõe com regularidade desde 1995. Dedica-se fundamentalmente às questões inerentes da construção e idealização da paisagem, reivindicando um posicionamento critico às alterações climáticas o seu trabalho explora o impacto das paisagens catastróficas no corpo, os modos de espectador e a imaginação material da paisagem.