Exposições
"Contraforte", exposição de Martinho Costa
O Centro Cultural de Cascais apresenta a exposição do pintor português Martinho Costa. Através de uma montagem que subverte o convencional, o artista propõe uma nova maneira de exibir e comtemplar a pintura e cria uma instalação site-specific.

14 Mar a 18 Mai 2025
Com curadoria do arquiteto e curador Frederico Vicente, as 34 pinturas de Martinho Costa reunidas em “Contraforte” formam três grandes composições que redesenham as salas do último piso do Centro Cultural de Cascais, criando espaços e percursos inteiramente novos. As telas de Martinho Costa, justapostas e contíguas em murais de quatro metros de comprimento, constroem as paredes do seu contraforte. Assim, artista e curador convidam o observador a exercitar o que chamam de “visão-pendular”, um olhar em contante movimento e sem coordenadas fixas.
“Contraforte não é uma exposição de pintura, embora não deixe de o ser. No limite, o que o artista procura é resgatar de outras artes visuais, como da escultura, do happening, ou até da arquitetura, o mesmo dinamismo, a mesma interação e a escala do observador participativo. Direciona o olhar para um caminho em torno da obra, onde o verso é tão relevante como a frente”, afirma o curador.
Nestas pinturas a óleo sobre tela, de diversos tamanhos, Martinho Costa pinta cenas quotidianas, cenários suburbanos entre a urbe densa e a natureza dispersa, ligados por caminhos de ferro e um comboio noturno. Obras como “Painel de Azulejos” (2021), “Fragas de São Simão” (2023), “Pique Nique Horizontal” (2023), “Entroncamento” (2024) são algumas das telas inseridas na geometria de “Contraforte”.
Martinho Costa
Vive e trabalha em Fátima. Licenciado em Artes- Plásticas - Pintura, pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, em 2002. Em 2003 completa o Mestrado em Teoria y Prática de las Artes Plásticas Contemporâneas na Universidad Complutense de Madrid. O seu trabalho em pintura reparte-se sobre múltiplos suportes que vão desde a pintura de atelier sobre tela, ao fabrico de livros de pintura pintados em edições únicas, bem como em intervenções pictóricas no espaço exterior. Estes vários suportes, sobre os quais tem vindo a multiplicar a sua prática artística, têm em comum o uso de imagens prévias que servem de modelos à sua pintura. Trata-se de um processo de transformação de motivos que nos rodeiam na atualidade, a partir de um ponto de vista que tem em conta uma investigação da larga história da arte. Tentando atualizar os temas maiores e géneros que configuram a densa tradição da pintura. Está representado em Coleção Opway, Coleção Manuel de Brito, Fundação PLMJ, Coleção Rita Talhas e Gonçalo Lima, Coleção Associação Industrial Portuguesa, e Coleção Navacerrada em Espanha. Representado por Salgadeiras Arte Contemporânea, em Portugal, e pela Galeria Silvestre, em Madrid, Espanha.
Horário: Terça-feira a domingo, das 10h às 18h (última entrada: 17h40)