Uma rapariga está a morrer num hospital em consequência de um aborto autoprovocado que correu mal. A diretora do Instituto Alma recusa a entrada de um padre católico por considerar que a sua presença provocaria uma desnecessária ansiedade na jovem. A discussão entre a médica e o padre, gravada e tornada viral na Internet, desencadeia uma acesa polémica online e um debate televisivo com ativistas de diferentes movimentos sociais, que se transforma num “julgamento público televisionado”.

A peça A Médica, do dramaturgo inglês Robert Icke, é uma adaptação contemporânea de Professor Bernhardi, a comédia improvável que Arthur Schnitzler escreveu em 1912. Com encenação de Ricardo Neves-Neves, esta nova versão explora de forma irónica os conflitos morais, éticos e religiosos que ocorrem todos os dias, nas mais variadas situações, e que podem ser tão devastadores hoje como no tempo de Schnitzler.

A Médica é uma produção do Teatro da Trindade Inatel e do Teatro do Eléctrico em coprodução com o TNSJ, a Culturproject e o Cineteatro Louletano. O elenco é composto por Adriano Luz, Custódia Gallego, Eduarda Arriaga, Igor Regalla, Inês Castel-Branco, José Leite, Luciana Balby, Maria José Paschoal, Pedro Laginha, Rita Cabaço, Sandra Faleiro e Vera Cruz.

A peça estreia-se na cidade do Porto a 13 de março, no palco do Teatro São João, onde fica em cena até ao dia 16. Na quinta-feira e no sábado as sessões são às 19h00, na sexta-feira às 21h00 e no domingo às 16h00. O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.

Mais informações em tnsj.pt/amedica.