Centenas de fios de cabelo caem diariamente das nossas cabeças. No instante em que se soltam, deixam de ter vida. Podem ser apenas fios, mas, para Sofia Saleme, são também evidências inevitáveis da passagem do tempo.

São indicativos de que estamos vivos e, por outro lado, de pequenas mortes com as quais nos deparamos repetidamente e que, no nosso quotidiano, nos recordam a efemeridade de viver. Durante cem dias, a artista brasileira recolheu os cabelos que caíam no duche para os registar numa série de 100 desenhos, agora expostos na sua primeira mostra individual, intitulada Pequenas Mortes.

No espaço NowHere há também uma instalação site-specific, criada com cabelos nos encanamentos da galeria, além de outras instalações com fios, desenhos e bordados.

Com curadoria de Cristiana Tejo, a exposição revela o percurso de Sofia Saleme entre São Paulo, Tóquio e Lisboa, bem como a sua investigação em torno da incompletude, da imperfeição e da impermanência.

Horário: Quarta a sábado, das 15h às 18h