Em Há Qualquer Coisa Prestes a Acontecer, Victor Hugo Pontes começou “por isolar o verso de uma canção, como quem isola, em laboratório, uma partícula essencial para iluminar a complexidade do todo”. A canção é de José Mário Branco, chama-se Inquietação e o verso é este: “Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer.”

Nesta nova criação, o coreógrafo socorre-se de todos os sentidos para criar uma obra que reclama a liberdade absoluta, transformando um grupo de corpos nus numa irreprimível e contagiante massa física coletiva.

Alinhada com a celebração dos 50 anos do 25 de Abril, a nova coreografia de Victor Hugo Pontes toma o corpo como signo da liberdade. No movimento dos corpos nus dos 19 intérpretes em palco interroga-se tudo o que nos move, assusta, ameaça, transforma, condiciona e, acima de tudo, liberta.

Há qualquer coisa prestes a acontecer é uma produção da Nome Próprio em coprodução com o TNSJ, o CCB, o Centro de Arte de Ovar e o Teatro Aveirense, onde se estreou no passado mês de dezembro. O espetáculo chega agora ao Porto, ao palco do Teatro São João, entre 27 de fevereiro e 2 de março, quinta-feira e sábado às 19h00, sexta-feira às 21h00 e domingo às 16h00. O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.

Mais informações em tnsj.pt/haqualquercoisaprestesaacontecer