Blue Like the Moon explora este ato alquímico: um encontro silencioso com a terra que, através da intervenção do artista, se transforma em forma, significado e linguagem.

O título, evocando o azul da lua, alude a uma realidade que nunca é puramente física, mas simbólica – uma mudança contínua, um fluxo entre o que é e o que poderia ser. Cada obra exposta é o resultado de um diálogo entre o artista e o material.

A terra, o fogo, a água e o ar não são apenas elementos, mas agentes de metamorfose que transformam o barro cru num meio capaz de contar histórias e evocar emoções. Tal como a lua muda de fase, a cerâmica evolui através de um processo que, apesar das suas raízes ancestrais, não pára de se renovar. A modelação da terra torna-se, então, uma reflexão sobre a passagem do tempo, a imprevisibilidade do resultado e a beleza que emerge apenas através do próprio processo.

A cerâmica, embora mantendo a sua ligação ao passado, é uma linguagem em constante mutação, adaptando-se e reinventando-se, atravessando e transcendendo as fronteiras culturais. As técnicas variam – da cerâmica funcional à escultura, da decoração à experimentação – mas todas as obras partilham a intenção de dar forma ao indefinido, de estabelecer uma ligação com a natureza e com o indivíduo.

Artistas: Nadia Frolova, Sandra Munier, Simone Negri, Jongjin Park e Rejean Peytavin

Horário: Terça a quinta, das 15h30 às 19h30