„Não é fácil para mim falar de Alexandru Ioan Cuza - porque ele faz parte das minhas memórias mais antigas: em Craiova, a minha cidade natal, em frente ao edifício da Câmara Municipal, está colocado, desde os anos 30, um busto do príncipe (uma obra de 1912 do artista italiano Raffaello Romanelli, uma boa “irmã” de outra estátua de Iasi!) Quando era criança, estava sempre a passar pelos pés de bronze deste imponente Cuza - e foi assim que aprendi, em criança, a impressão incrivelmente boa que os meus avós, tios e tias, bem como toda a gente que entrava em casa dos meus pais, etc., tinham deste príncipe!

Alexandru I. Cuza, o príncipe da união dos principados romenos de 1859, estará sempre ligado, no imaginário comum (graças a alguns textos da escola primária), à lenda do governante que defende o seu povo, os cidadãos comuns, dos abusos dos mais poderosos. Numa época de ressurgimento do populismo (como a que estamos a viver atualmente) o paradigma é delicado, mas o que é certo é que Alexandru I. Cuza era o príncipe do povo, não da elite”.

Este príncipe continuará certamente a ser o símbolo da União de 1859 e, ao mesmo tempo, parte da geração de 1848 que muito fez pelo Estado romeno moderno. Devem-se-lhe, bem com a outros da sua geração, as reformas modernizadoras, embora as relações de Al. I. Cuza com o parlamento do país sejam mais complicadas do que sabemos...!

Enfim, “o nosso Cuza foi um ator na geopolítica da sua época (Rússia, Turquia, Áustria, imperador Napoleão III da França, Miguel III da Sérvia, etc.), epopeias cujos contornos deveríamos conhecer melhor - precisamente para compreendermos bem como surgiu a nossa união de 1859”!