Música
Sakamoto 1996
Um ano após o falecimento de Ryuichi Sakamoto, o Museu do Oriente recebe um concerto de tributo ao compositor japonês.
28 Fev 2025 | 19h30
Ryuichi Sakamoto é um dos mais aclamados compositores do panorama internacional. Dois anos após o seu falecimento, a sua música continua a ser celebrada e a inspirar públicos de todas as gerações, reunindo um consenso de rara amplitude. Da depuração melódica ao minimalismo cativante, a obra de Sakamoto evoca um eclético leque de influências, desde a música tradicional japonesa à obra de compositores eruditos como Bach, Debussy ou Schumann. As icónicas bandas sonoras que criou para filmes como O Último Imperador, Babel, Merry Christmas Mr. Lawrence ou O Monte dos Vendavais, foram reunidas, em 1996, no trabalho discográfico 1996 - para piano, violino e violoncelo - apresentado em duas digressões mundiais que consolidaram decisivamente o estatuto mítico deste músico e compositor. Neste concerto de tributo a Sakamoto, apresentamos uma seleção de obras do disco 1996, interpretadas segundo as partituras originais, disponíveis numa limitada e rara edição, supervisionada e revista pelo próprio autor. O trio de piano, violino e violoncelo criado pelo pianista e compositor João Vasco é, atualmente, uma das poucas formações no mundo a apresentar a obra 1996 em concerto. João Vasco é autor do disco e concerto 2016, apresentado em países de quatro continentes desde 2019, no qual homenageia Sakamoto, tendo criado obras musicais inspiradas no universo musical deste compositor, mais concretamente do disco 1996. Para este concerto selecionámos dez obras de 1996 e quatro obras de 2016, e, à semelhança das apresentações do próprio Sakamoto, todas as músicas serão acompanhadas por peças de videoarte, concebidas para este projeto pelo pianista João Vasco, também fotógrafo e videasta premiado.
João Vasco - piano, música e imagem
Professor de piano na Escola de Música do Conservatório Nacional, divide-se entre os palcos, a composição, o ensino, a fotografia e o vídeo. Em piano solo ou em agrupamentos de câmara atuou em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Irlanda, Dinamarca, Bulgária, Hungria, Grécia, Marrocos, Quénia, Moçambique, Namíbia, Tunísia, África do Sul, Cabo Verde, Brasil, Uruguai, México, Cuba, Estados Unidos da América, Tailândia, China, Colômbia, Angola e Itália. Estudou com os professores António Toscano (Conservatório Nacional) e Miguel Henriques (Escola Superior de Música de Lisboa) e concluiu o mestrado em Artes Musicais na Universidade Nova de Lisboa. Editou os CDs: “Além fado”, para piano solo; “Tocando Portugal” do trio Rumos Ensemble; “2016” para trio com piano; “20Fingers – de Mozart a Chico Buarque”, piano a 4 mãos. A partir de 2016 João Vasco complementa a interpretação com a criação musical e estreia, no final de 2019, a obra “2016”, apresentada em Portugal, França, Cabo Verde, Brasil e China. Desde então compôs obras orquestrais, um bailado, aberturas sinfónicas, obras para instrumentos solistas e música de câmara, estreadas e/ou gravadas por intérpretes como: Orquestra Metropolitana de Lisboa, António Rosado, Bruno Belthoise, Mário Laginha e Pedro Burmester, entre outros. Como fotógrafo ou videógrafo colabora regularmente com instituições culturais e músicos portugueses. Em 2014 realizou a curta metragem “A Carruagem”, em 2017 realizou a curta metragem documental “O Entalhador ou A Oficina Mais Bela do Mundo”, em 2019 a longa metragem documental “111 671 – Balada para um piano”. Estes filmes foram selecionados e premiados em Festivais e Concursos Nacionais e Internacionais de Cinema ou Vídeo: Grand Prix Festival Cinerail, Impact Docs Awards, Festival de Cannes (Short Film Corner), New York Portuguese Short Film Festival, Lucania Film Festival, Kinoduel Film Festival, Docs without Borders Film Festival, Cinalfama International Film Awards, Music and Stars Awards. Em 2022, e com o apoio da DGartes, editou o seu primeiro livro de fotografia “Overbooking”, uma seleção de registos de viagens entre 2014 e 2019. Nos projetos musicais que concebeu na última década, reúne progressivamente todas as suas valências artísticas, afirmando-se como criador de “Música e Imagem”.
Fernando Costa – violoncello
Fernando Costa tem-se afirmado nos últimos anos como um valor seguro da nova geração de intérpretes em Portugal, somando alguns prémios de prestígio à sua carreira. As suas performances são marcadas por uma forte presença em palco, combinando um estilo dinâmico e impulsivo com a sua expressividade e sensibilidade musicais. Violoncelista português nascido em 1991, iniciou os estudos de violoncelo com Valter Mateus e em 2013 terminou a Licenciatura com classificação máxima, na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo no Porto, na classe de violoncelo de Jed Barahal. Concluiu, recentemente, o Mestrado em Performance Musical sob a orientação do prestigiado violoncelista António Meneses, na Escola Superior de Música de Berna, na Suíça. Foi distinguido com bolsa de mérito do Instituto Politécnico do Porto e com uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhou com violoncelistas como Paulo Gaio Lima, Filipe Quaresma, Dimitri Ferschtman, Márcio Carneiro, Anne Gastinel, Natalia Gutman, Pavel Gomziakov, Luís Claret e António Meneses, entre outros. Foi laureado em variados concursos, entre os quais se destaca a obtenção do 1.º Prémio no Prémio Jovens Músicos 2011 (Violoncelo, Nível Superior); 1.º Prémio no Concurso Internacional de Santa Cecília (2011); 1.º Prémio no Prémio Helena Sá e Costa, 2012; 1.º Prémio no ConCursos 2012 (música de câmara), 2.º Prémio no Prémio Jovens Músicos 2012 e 2013 (Música de Câmara, Nível Superior). Atuou como solista acompanhado pela Orquestra Gulbenkian, Orquestra do Norte, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Sinfonieta da ESMAE, entre outras. Apresenta-se tanto a solo como em música de câmara, e entre os seus projetos mais recentes, destacam-se as digressões pelo Canadá e África do Sul e a participação em festivais em Portugal, Espanha, França, Holanda e Itália. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2013 e 2015 e atualmente é representado pela KNS Artists.
Pedro Lopes – violino
É docente na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa (2011-) e membro da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP) (2010-), com a qual colabora regularmente na qualidade de 1° violino solista, tutor e coordenador de vários projetos. Em agosto de 2015 apresentou-se a solo com a JOP na Konzerthaus de Berlim com a Sinfonia Concertante de W.A. Mozart, no mais importante festival de Orquestras de Jovens do Mundo - Euro Young Classic. Em janeiro de 2017 apresentou-se a solo com a OCP no Teatro da Trindade com o concerto n° 5 de Mozart em direto e gravado para a Antena 2 e RTP. Foi também solista e 1° violino solista com a Orquestra ARTAVE e com o Ensemble Movimento Patrimonial para a Música Portuguesa. É membro fundador do Trio do Desassossego, este último em residência na Casa Fernando Pessoa em 2013/2014 e vencedor do 1° prémio em Música de Câmara nível Superior do Prémio Jovens Músicos (2013). Foi laureado ainda com o 1° prémio no concurso Internacional Jovens Intérpretes de Música Antiga (2013), na categoria de solista nível superior, sendo-lhe também atribuído o prémio especial do júri "Sofia de Mendia". Obteve o 2° prémio no nível médio (2007), categoria solista, do Prémio Jovens Músicos. Foi bolseiro da Fundação GDA de 2013-2014. Colaborou já com as principais orquestras de Lisboa (Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Gulbenkian) e Orquestra XXI e Deutsche Kammerorchester Berlin. Foi também violinista convidado nos Quartetos Lopes-Graça e de Guimarães. Inicia os seus estudos de violino, com 12 anos, na ARTAVE sob orientação do professor José Camarinha. Conclui o 8° grau com a classificação máxima no instrumento. Estudou na Academia Nacional Superior de Orquestra com o professor Aníbal Lima, onde obtém o grau de Licenciatura (2009) e depois de Mestrado em Ensino da Música (2013). Frequentou o Mestrado em Música de Câmara na prestigada Hochschule FurMusik Tthater und Medien Hannover (Alemanha).
Violinista substituto
André Gaio Pereira – violino
André Gaio Pereira é um dos mais reconhecidos violinistas portugueses da sua geração, tendo recebido o Prémio Maestro Silva Pereira - Jovem Músico do Ano 2017.A sua versatilidade musical leva-o aos palcos nas mais variadas situações: apresenta-se regularmente a solo com as orquestras Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa ou Filarmonia das Beiras; é membro convidado da London Symphony Orchestra e da English Chamber Orchestra, é membro fundador e 1º violino do Quarteto Tejo, e colabora com o Remix Ensemble. Após ter terminado o curso na Royal Academy of Music em 2016 com a distinção de melhor aluno do curso, André tocou em digressão em países como a China, Tailândia, Alemanha, Itália, Reino Unido, Áustria, França, Suíça e Rússia. No decurso destas viagens colaborou com músicos como Levon Chilingirian, Pavel Vernikov, Christoph Poppen, os quartetos Doric e Ysaÿe, e maestros como Valery Gergiev, Bernard Haitink, Semyon Bychkov ou Michael Tilson Thomas. Além da atividade como músico clássico, André expande os seus horizontes artísticos em iniciativas de naturezas variadas. É membro fundador do Guitolão Trio, um agrupamento em que a música tradicional se funde com o jazz e que em 2021 editou o álbum Estação #60, é o autor de Paredes Meias, um projeto de música de Carlos Paredes adaptada para violino solista, e ainda poeta, tendo publicado Existência em 2020.
Duração 60'
Público-alvo M/6
Preço €20 (descontos em vigor)
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