Música
Quarteto de Ricardo Pinheiro com Andy Sheppard ao vivo no Museu do Oriente
Tone Stories é o último registo discográfico de Ricardo Pinheiro, que se apresenta ao lado de grandes nomes internacionais do jazz.
24 Fev 2025 | 19h00
Com Ricardo Pinheiro, guitarra | Andy Sheppard, saxofone | Michael Formanek, contrabaixo | Alexandre Frazão, bateria
"A música é a arte de comunicar ideias e partilhar visões estéticas e emocionais sobre o mundo e o intangível.
Passar por este processo com estes músicos é muito especial, não só porque cresci a ouvir a sua música, mas pela facilidade de estar e trabalhar com eles. Estes músicos sensíveis e inspirados privilegiam os aspetos coletivos do fazer música em detrimento dos aspetos individuais e trabalham incansavelmente para o grupo.
Apesar de compor música original, volto sempre aos standards como fonte de inspiração. As melodias e harmonias destas músicas soam sempre frescas e estimulam constantemente novas ideias de improvisação. Juntando composições originais e standards ao impulso narrativo destes músicos o objetivo do concerto será conceptualizar e desenvolver paisagens e histórias musicais."
Ricardo Pinheiro
Tone Stories, editado pela editora catalã Fresh Sound Records, é o último registo discográfico de Ricardo Pinheiro, que se apresenta ao lado de grandes nomes internacionais do jazz. Para este concerto no auditório do Museu Oriente, Pinheiro será especialmente acompanhado pelos experientes e conceituados Andy Sheppard (UK) no saxofone, Michael Formanek (USA) no contrabaixo e Alexandre Frazão (PT/BR) na bateria.
Quarteto de Ricardo Pinheiro com Andy Sheppard
Ricardo Pinheiro é licenciado em Música pela Berklee College of Music, Boston; licenciado em Ciências Psicológicas pela Universidade de Lisboa; e doutorado em Musicologia (Etnomusicologia) pela Universidade Nova de Lisboa.
Estudou com Mick Goodrick, George Garzone, Ed Tomassi, Ken Pullig, Wayne Krantz, Ken Cervenka, entre outros.
Fez várias dezenas de gravações para editoras como a Fresh Sound Records, Challenge Records, Daybreak Records, Inner Circle Music, entre outras. Tocou/gravou com Peter Erskine, David Liebman, Andy Sheppard, Luciana Souza, Chris Cheek, Jorge Rossy, Tim Hagans, Theo Bleckmann, Mônica Salmaso, Jorge Helder, Maria João, Aaron Parks, Andrew Rathbun, Michael Formanek, Aubrey Johnson, Mário Laginha, Eric Ineke, Perico Sambeat, Stephan Astbury, João Paulo Esteves da Silva, Remix Ensemble, Matt Renzi, Jon Irabagon, John Gunther, Mike Del Ferro, André Charlier, Benoît Sourisse, entre muitos outros.
É professor na Escola Superior de Música de Lisboa, Universidade Politécnica de Lisboa.
Um saxofonista britânico intrigante e versátil, Andy Sheppard é conhecido pelo seu som pós-bop e jazz criativo moderno. Surgiu inicialmente nos anos 80, tocando com o compositor progressivo George Russell e em projetos com a pianista Carla Bley. Os seus próprios álbuns, como Andy Sheppard de 1988, Learning to Wave de 1998 e a sua estreia na ECM em 2009, Movements in Colour, mostram-no a explorar sons de fusão e de straight-ahead, juntamente com tradições latinas e do Médio Oriente. Tem tocado regularmente num trio com Bley e o baixista Steve Swallow, lançando álbuns como Trios de 2013, Andando el Tiempo de 2016 e o último álbum de Bley, Life Goes On de 2020. Uma colaboração com o trio Espen Eriksen, As Good as It Gets, foi editado em 2024.
Nascido em São Francisco em 1958, Michael Formanek atuou em inúmeros contextos ao longo das décadas, incluindo com mestres como Gerry Mulligan e Stan Getz, Freddie Hubbard e Fred Hersch. Entre os seus pares, o contrabaixista colaborou estreitamente com Tim Berne, tendo gravado um álbum em duo com o saxofonista (Ornery People) e atuado extensivamente na icónica banda Bloodcount de Berne nos anos 90. As primeiras gravações de Formanek como líder incluíram uma série de lançamentos de quartetos e septetos para a Enja de 1990 a 1996.
Como sideman, gravou com Uri Caine, Dave Burrell, Jane Ira Bloom, Gary Thomas, Jack Walrath, Joe Maneri, Harold Danko, Lee Konitz, Freddie Redd, Art Pepper, Chet Baker e até Elvis Costello, além de aparecer em álbuns de parceiros frequentes como Berne, Halvorson, Fujiwara, Malaby, o multi-reedista Marty Ehrlich, o trompetista Dave Ballou, o saxofonista Ellery Eskelin, o baterista Devin Gray e a pianista Angelica Sanchez. De 2001 a 2018, Formanek ensinou baixo de jazz e história do jazz no Peabody Institute da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, onde também dirigiu a Peabody Jazz Orchestra.
Alexandre Frazão é natural de Niteroi, no Rio de Janeiro, Brasil, mas veio para Portugal com 19 anos, onde se radicou desde 1987. Ainda no Brasil estudou no Conservatório em 1984. Frazão estudou ainda com Alan Dawson, Kenny Washington e Max Roach. Em Portugal dedicou-se principalmente ao jazz e à música improvisada, tendo colaborado, entre outros com Maria João (cantora) e Mário Laginha, Bernardo Sassetti,Carlos Martins, Laurent Filipe, Rodrigo Gonçalves, Carlos Barretto, Ficções, Dave O’Higgins, Perico Sambeat, Jon Freeman, Mark Turner. Pela sua versatilidade, é frequentemente solicitado para gravar com músicos de outros idiomas musicais, tendo trabalhado, por exemplo, com Resistência (banda), Pedro Abrunhosa, Rui Veloso, Ala dos Namorados, Nuno Rebelo, Rão Kyao, Júlio Pereira, Joel Xavier e Tim Tim por Tim Tum com Jim Black. Tendo participado em muitos discos de outros artistas são, no entanto, importantes marcos da sua carreira os discos “Nocturno” de Bernardo Sassetti, “Filactera” de Mário Delgado, “Undercovers” de Maria João (cantora) e Mário Laginha, “Tempo” de Pedro Abrunhosa, e os DVDs de Rui Veloso, “O Concerto Acústico”, e Ala dos Namorados, “Ao Vivo no S. Luiz”.
Duração 60'
Público-alvo M/6 anos
Gratuito, mediante levantamento de bilhete no próprio dia