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Música

Concerto de Órgão com Jean-Baptiste Monnot

O organista francês Jean-Baptiste Monnot apresenta uma muito bem programada imagem do ambiente musical parisiense para órgão, na época do romantismo.

26 Jan 2025  |  17h00

Igreja do Espírito Santo
Largo dos Colegiais, 1 - 7000-803 Évora
Preço
Entrada livre
Quando César Franck começa a lecionar órgão no Conservatório de Paris recebe uma classe em decadência, pouco avançada na execução do órgão e de fracos conhecimentos técnicos e analíticos da escrita musical contemporânea. Juntamente com o organeiro Aristide Cavaillé-Coll desenvolvem um órgão completamente novo, com um pedal desenvolvido que permitia a redescoberta e a execução das obras de J. S. Bach que se tornaram como repertório de base do currículo do conservatório de Paris. A Bach juntava-se a análise das obras de Mozart, Haydn e Beethoven e dos grandes compositores românticos de referência tais como: Brahms e Schumann. Todas estas novas metodologias de Franck elevaram o nível técnico e composicional de Paris e da França tornando a prática do órgão de alto nível, facto que se mantem até aos nossos dias.

Liszt quando do falecimento da sua mãe em Paris assistiu às execuções e improvisações de Franck e ouviu o renovado conjunto de grandes órgãos Cavaillé-Coll parisienses e ao ter sido convidado a tocar responde de uma forma muito impressionada: «eu só estou habituado a tocar em órgãos de capelas pequenas», manifestando desta forma o seu espanto pela grandeza sonora e qualidade da música feita em Paris. Também Lizst escreveu três grandes obras para órgão altamente apreciadas e admiradas pelos seus contemporâneos parisienses.

O conservatório de Paris possuía um órgão Cavaillé-Coll de dois teclados em tudo semelhante ao órgão que hoje se encontra na igreja do Espírito Santo de Évora, sendo nestes pequenos modelos que possuíam as principais sonoridades do órgão romântico, que o organeiro se tornou famoso. Nesta classe do Conservatório de Paris formou-se Louis Vierne, grande compositor e executante de órgão.

São todos estes compositores que vamos poder ouvir numa simbiótica união aqui interpretada por um organista francês de referência, Jean-Baptiste Monnot, que nos apresenta uma muito bem programada imagem do ambiente musical parisiense para órgão.

PROGRAMA:
Jean-Sebastien Bach
Fantasia e fuga em sol menor BWV 542

César Franck
Coral nº 3

Louis Vierne
Sinfonia nº 2: Scherzo

Johannes Brahms
Coral: «Herzlich tut mich verlangen»

Robert Schumann
Quatro peças para piano pédalier

Franz Liszt
Prelúdio e fuga sobre Bach
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