Este mundo de fantasia tem raízes nas narrativas orais e literárias que se desenvolveram desde a Antiguidade, tendo alcançado um forte protagonismo na arte europeia ao longo dos séculos.

As figuras míticas, na fronteira entre o real e o irreal, surgiam muitas vezes da necessidade de explicar fenómenos naturais e as suas representações impunham grandes desafios à imaginação e à capacidade criativa dos artistas.

Para serem credíveis, a sua aparência tem, de alguma forma, de estar ancorada na experiência do espectador. Um dos melhores métodos para a sua criação sempre foi o de combinar elementos reais distintos como, por exemplo, partes de dois seres diferentes. É o caso dos grifos com corpo de leão e cabeça de águia, dos centauros, com a parte inferior de cavalo e a parte superior de homem, ou dos sátiros, que assumem a forma humana mas possuem patas de caprino.

Este tema mantem-se popular na atualidade, numa altura em que a banda desenhada e o cinema de animação têm feito recrudescer o interesse pelas figurações fantásticas, porém as suas raízes são profundas nas artes europeias. E o desenho foi, desde sempre, o meio mais apropriado para o ato criativo. Encontramos aqui alguns desenhos da coleção do museu com figurações e temas afins, executados entre os séculos XVI e XVIII.

Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h