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Conferências

“Vasco da Gama, Construtor da Globalização”

O Centro de Artes de Sines acolhe a 16 de dezembro, às 14h30, o Simpósio Temático, que assinala o 5.º centenário da morte de Vasco da Gama, um filho daquela localidade.

16 Dez 2024  |  14h30

Centro de Artes de Sines
R. Cândido dos Reis, 7520-177 Sines
Preço
Entrada livre
Entre os oradores salientam-se Carlos Fiolhais, Mariagrazia Russo, José Eduardo Franco, Alexandra Pelúcia, José António Falcão, Ricardo Estevam Pereira e Sandra Patrício. Encontro coincide com o lançamento do memorando de entendimento entre a Universidade Aberta e o Município de Sines para a fundação da Cátedra Vasco da Gama de Estudos Globais, a funcionar em Lisboa e Sines. Iniciativa avança a par da instalação, na cidade alentejana, de um Centro Local de Acesso à Ciência e Cultura (CLACC), nova extensão da Universidade Aberta.

A globalização que hoje experimentamos de modo abrangente, tem, nas suas raízes, homens e mulheres que abriram os caminhos e as portas de mundos fechados, permitindo que se alcançasse progressivamente um mundo interconectado. Este fenómeno assenta, agora como ontem, em dois movimentos fundamentais: mobilidades e trocas. Da construção de caminhos terrestres até à abertura das rotas transoceânicas e à engenharia das estradas digitais, foi possível desenvolver um sistema de transportes e de trocas, desde produtos a ideias, à escala planetária.

Figuras de diversa ordem – e em diversos planos – contribuíram para a construção de um mundo global que é o nosso. Há cinco séculos, destacou-se, em Portugal, uma personalidade muito relevante neste processo, graças ao seu papel à frente de uma armada naval que conseguiu realizar uma viagem marítima inédita da Europa ao subcontinente indiano (1497-1499) e ficou como uma referência na história das navegações intercontinentais. A acção de Vasco da Gama (Sines, 1469 – Cochim, Índia, 24 de Dezembro de 1524) e dos que o acompanharam, enquadrada pelo investimento então efectuado, na aurora da Modernidade, em projetos de abertura de rotas marítimas, para comércio e missionação, por parte das coroas portuguesa e espanhola, com diversos protagonistas que se destacaram na criação de um mundo aberto, entre eles Colombo e Magalhães, contribuiu para o dealbar da era da globalização que deu origem ao espaço complexo e acelerado de mobilidades e trocas globais da actualidade.

No ano em que se assinala o 5.º centenário da morte de Vasco da Gama, natural de Sines, cidade que detém um dos portos mais importantes da Europa e é um centro nevrálgico e estratégico de trocas globais, o Simpósio “Vasco da Gama, Construtor da Globalização” lembra o navegador no contexto do país e do mundo do seu tempo.

“Pretendemos revisitar a vida e as realizações deste importante construtor da globalização e analisar criticamente os contornos do seu papel no seu tempo para melhor compreendemos o mundo novo que hoje é plenamente o nosso”, salienta José Eduardo Franco, director do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta.

O simpósio, de acesso livre e aberto a todos os interessados, constitui uma acção de formação de curta duração creditada pela Universidade Aberta.

O evento é marcado pela celebração de um memorando de entendimento, entre a Universidade Aberta e o Município de Sines, para a fundação da Cátedra Vasco da Gama de Estudos Globais. Trata-se da primeira cátedra deste género em Portugal e funcionará simultaneamente em Lisboa e Sines, coincidindo com a criação de um Centro Local de Acesso à Cultura e à Ciência (CLACC) da Universidade Aberta, sob a égide do Centro de Estudos Globais. Ambas as instituições entrarão em funcionamento no primeiro trimestre de 2025.

Segundo José António Falcão, membro do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta e coordenador da Comissão Organizadora da Cátedra Vasco da Gama e do CLACC, “o surgimento destas entidades académicas pretende, à luz do ideário da Universidade Aberta, torná-la presente em Sines, promovendo o acesso à cultura, à investigação e à formação superior em territórios mais distantes dos grandes centros universitários de ensino regular.” E acrescenta: “com a criação das duas novas instituições, complementares entre si, deseja-se fazer de Sines um eixo estratégico de dinamização de actividades culturais, científicas e de formação avançada ao serviço das populações da região. O exemplo de Vasco da Gama é um forte incentivo para lembramos quem somos e de onde vimos e para oferecermos aos nossos jovens um futuro qualificado.”
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