Quem não tem na sua história a palavra nunca dita, uma carta nunca enviada, uma resposta por dar?

Todas as cartas, por enviar, deixam o futuro em aberto.
Quais as dúvidas que interrompem o ato de enviar uma carta escrita? Que movimentos internos determinam que se dê esse passo? E, como viver depois? Há quem aceite as consequências dessa decisão e quem passe a partilhar os dias com fantasmas, por arrependimento ou pelo eterno questionamento “e se?”.

São questões geradoras de conflitos internos, atormentando a vivência humana desde os primórdios até aos dias de hoje. Quem não tem na sua história a palavra nunca dita, uma carta nunca enviada, uma resposta por dar? Somos muitos a partilhar o silêncio das possibilidades deixadas no passado. Propõe-se, assim, a criação de um espetáculo teatral baseado em cartas reais que nunca foram enviadas.

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