Teatro
Frágua de Amor, de Gil Vicente
Este projeto nasceu de um convite lançado há mais de dois anos pelo TAGV às duas estruturas de criação artística – A Escola da Noite e O Bando de Surunyo. Escrita em Évora há precisamente 500 anos, a “Tragicomédia da Frágua de Amor” é uma festa sobre amor e mudança.
29 Nov a 30 Nov 2024
Sinopse:
Em Tordesilhas assina-se um contrato de casamento entre D. João III e D. Catarina, irmã do poderosíssimo Carlos V, de Espanha. Para comemorar a união, é encomendado teatro a Gil Vicente. Apresenta em Évora a "Tragicomédia da Frágua de Amor", festa sobre amor e mudança. Peregrinos e romeiros ouvem falar da fama dos reis e de como o amor os juntou. Cupido fugira da mãe Vénus para ajudar D. João III a conquistar o castelo maravilhoso, metáfora de Catarina. Vénus, deusa da música, com lágrimas transformadas em canções, procura o filho. Este inventou uma forja especial (a tal frágua) que prepara Portugal para um novo tempo. É uma máquina movida com a música dos planetas e dos gozos de amor, que transforma quem quiser em algo melhor. Refundir a portuguesa gente, diz-se. Vários se apresentam para a refundição: escravos negros, parvos, pagens, frades. Até a justiça quer ser reformada na frágua. Gil Vicente, pelo teatro, mostra como a justiça tem de ser reformada "para o resto não se perder”. Em 1524, talvez tenha entrado Gil Vicente e um grupo experimentado de companheiros. Aqui, em 2024, uma nova companhia se juntou, entre os actores d'A Escola da Noite e os músicos d'O Bando de Surunyo, para a festa que tudo transforma em nome do amor.
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