“I de IV” é um nome que não deve ser levado à letra, mas sugere continuidade e novas fases por vir. “Se há uma de quatro, quem sabe, porque não três de cinco?", justifica Barros Pires. É esta a sua vontade: manter-se em constante evolução, abrindo portas a novas interpretações e experiências. Por outro lado, os títulos conduzem à interpretação de cada obra. É paradoxal, mas em linha com as múltiplas facetas do artista, também ele um homem de negócios.

Esta é a sua primeira grande exposição a título individual em Portugal, depois de já ter apresentado trabalhos artísticos além-fronteiras em cidades como Istambul, Paris e Nova Iorque, onde também tinha afazeres corporativos. “Já tinha mostrado alguns dos meus trabalhos, mas nunca nesta dimensão. Esta é a primeira vez que estou a dar a conhecer o meu trabalho a um público tão abrangente e a expor-me desta maneira. Espero que venham, que se divirtam, e que a minha arte lhes desperte alguma emoção”, explica.

A montagem integra elementos cenográficos utilizados em eventos acolhidos pelo espaço, sublinhando a dualidade artística e empreendedora do pintor. Na verdade, Diogo Barros Pires é também o responsável pela reabilitação e gestão da Safra Lx, onde irá expor. A curadoria é de Miguel Rondon. Durante os dias da exposição, esperam-se eventos de cariz artístico, corporativo, gastronómico, social e até musical - iniciativas para envolver a comunidade e promover sinergias, e que contam com o apoio da Junta de Freguesia do Lumiar.