Conferências
Antigamente é que era bom… - ComceptCon 2024
Iniciativa de promoção de cultura histórica integrada no Programa de História da Esfera Pública do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, no âmbito das comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril.
16 Nov 2024 | 10h00
Foi esse o ponto de partida para a idealização da ComceptCon de 2024, no ano da celebração dos 50 Anos do 25 de Abril, uma iniciativa da associação COMCEPT, que uniu esforços com o Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa e com o Museu de Leiria. A conferência está integrada na agenda da Comissão de Comemoração dos 50 Anos do 25 de Abril.
Será um dia dedicado ao conhecimento, ao debate e troca de ideias, e que culminará com um momento musical proporcionado pelo Ensemble Vocal do Coro do Orfeão de Leiria.
Entrada livre mediante inscrição AQUI
Intervenientes:
Alexandra Esteves (Lab2PT — Universidade do Minho) | “Antigamente é que era bom… estar doente. A resposta às doenças antes do 25 de Abril”
A ideia desta intervenção é dar a conhecer a realidade social do sistema de saúde (ou da sua ausência) no Portugal do século XX, realçando os avanços alcançados após a instauração da democracia em 1974. O que acontecia quando alguém ficava doente? Alexandra falar-nos-á, então, das doenças mais prevalentes e das respostas existentes para as combater durante o Estado Novo e as mudanças trazidas pela criação do Serviço Nacional de Saúde, já em democracia.
Alexandra Esteves é doutorada em História Contemporânea, professora na Universidade do Minho e investigadora no Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), membro integrante do IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território. A sua investigação mais recente tem incidido sobre matérias que se inserem nas áreas da História Social, designadamente da saúde, da doença e epidemias, da assistência, das questões de género, da marginalidade, da violência, e das prisões.
Maria Alice Samara (IHC — NOVA FCSH) | “Antigamente é que era bom… ser mulher. Bom para quem?”
Como era a vida das mulheres portuguesas no século XX? Devemos falar em “mulher” ou em “mulheres”? Há muitas pluralidades no mundo feminino. A Alice vai-nos proporcionar fragmentos de histórias de vidas para iluminar a pluralidade da condição feminina no passado não muito distante e o seu contraste (ou não) com o presente.
Maria Alice Samara nasceu em Lisboa, em Abril de 1974. É doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, professora e investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, membro integrante do IN2PAST. Tem trabalhado temas relacionados com a história da I República, sociabilidade e cultura políticas, bem como questões de género. Mais recentemente, relativamente ao período do Estado Novo, dedicou-se a estudos sobre a Resistência, espaço e memória.
Raquel Pereira Henriques (IHC — NOVA FCSH) | “Antigamente é que era bom… ir à escola. E na escola, como fazer?”
Na sua intervenção, a Raquel vai dar a conhecer a realidade dda educação em Portugal no passado mais ou menos recente e quanto mudou com o dealbar da democracia. Educava-se quem e para quê? Íamos à escola…ou às escolas? Dará ainda voz a testemunhos do percurso educativo possível no Portugal do Estado Novo.
Raquel Pereira Henriques é professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, membro integrante do IN2PAST. Tem investigado sobre temas de História da Educação em Portugal, História de Portugal Contemporâneo e História do Mobiliário Português.
Victor Pereira (IHC — NOVA FCSH) | “Antigamente é que era bom…emigrar. As experiências invisíveis dos migrações portuguesas”
Portugal ainda é um dos principais países de emigração na Europa. Os/as emigrantes portugueses são muitas vezes apresentados como os Vascos da Gama contemporâneos: são aventureiros, correram riscos, adaptam-se às situações adversas e conseguem atingir os objectivos. O lusotropicalismo também nunca está muito longe: os/as portuguesas inserem-se perfeitamente nas sociedades de acolhimento sem deixar de ser “lusos” e de manter ligações com Portugal. Porém, estes discursos ocultam o que foi grande parte das experiências dos/das migrantes no passado. E os/as migrantes do presente?
Victor Pereira é doutorado em História Contemporânea e é atualmente investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa, membro integrante do IN2PAST. Foi galardoado com vários prémios, entre os quais o Prémio Aristides de Sousa Mendes. A sua investigação centra-se nas migrações portuguesas e na história do Portugal do século XX.