A 9ª edição do FIS - Festival de Artes Performativas a Solo apresenta, este ano, um programa alargado, que se desdobra em vários formatos e espaços ao longo de quase um mês de programação cultural. Uma edição marcada pelas várias propostas que tomam a forma de performances, conversas, oficinas, espetáculos e convívios, em que cada artista é uma voz singular, que ecoa com a urgência do presente e a intuição do futuro, tecendo reflexões profundas, sociais, políticas e humanas.

É na quinta-feira, 21 de novembro, pelas 21:00, no Cine-Teatro Garrett, que o FIS terá a sua abertura oficial com a inauguração de “Corpo-máquina” de Rodolfo Lopes, numa parceria com a Montra - Mostra de Arte Contemporânea. Uma exposição que invoca o mecânico e o natural, o industrial e o orgânico e que poderá ser visitada ao longo de todo o festival, no Cine-Teatro Garrett e também no Atelier Poveiro. Destaque ainda para a inauguração da instalação sonora “Aesthesic Waves”, de Sonoscopia, no mesmo dia, às 21:15, no subpalco do Cine-Teatro Garrett. Uma instalação audiovisual que nos convida a mergulhar na sinfonia das formas e dos ritmos, onde o movimento se torna ilusão e a visão, som. A fechar o primeiro dia, o FIS propõe uma viagem ao derradeiro concerto do compositor japonês Ryuichi Sakamoto, com a exibição do filme “Ryuichi Sakamoto: Opus”, de Neo Sora, às 21:45, em parceria com o Cineclube Octopus.

No dia seguinte, às 21:00 a sala de ensaios do Cine-Teatro Garrett recebe “Oroimen” de Akira Yoshida (Espanha) que, através da dança, conta a história de uma personagem que, tendo perdido o contacto com a realidade, continua o seu caminho para lado nenhum, avançando sem outro objectivo que não seja o de se sentir compreendido. No mesmo dia, às 21:50, destaque para o espetáculo “UR.DIR.”, de Gravity Forms (Portugal) que propõe uma reflexão sobre a relação entre tempo e espaço, ação e inércia, singular e plural. Uma apresentação de teatro na Sala Principal, que consiste “num corpo estruturado que se vai partindo, à medida que reflecte as mais variadas células inerentes ao lugar da espera: desde o existencialismo ao romantismo, do naturalismo ao pós-dramático”.

No Sábado, 23 de novembro, às 21:00, Núria Guiu (Espanha) apresenta “SPIRITUAL BOYFRIENDS”, uma performance a solo que gira em torno do yoga como uma nova forma de auto-disciplina e biopoder. O terceiro dia do festival encerra com a música de “sús” (Susana Nunes), num caminho que nos propõe uma passagem pela electrónica de vanguarda e os subúrbios da pop, do folclore e da experimentação. O concerto começa às 22:15 no Café-Concerto (Cine-Teatro Garrett).

O última dia do FIS, 24 de novembro, traz-nos, pela primeira vez, “Diálogos Artísticos”: uma conversa descontraída sobre “criação a solo vs criação de um solo” com os artistas convidados, Maria Olas, Vítor Silva, Uatumã Fattori, Mariana Dixe e Belisa Branças e moderada por Bruno Martins. A conversa irá acontecer às 15:00 na Sala de Actos do Cine-Teatro Garrett e a entrada é livre. Cabe a Wes Peden (USA) encerrar a programação central do festival, às 19:00 com “Rollercoaster”, “num espectáculo (de circo) que invoca uma atmosfera de parque de diversões alucinado, cheio de cor e ritmos”. Pela primeira vez, o FIS encerra a 9ª edição com uma festa que reúne artistas, público e a equipa do festival e do Cine-Teatro Garrett. Nesta festa oficial de encerramento, o festival junta-se à Pobeira, ao Bicho e à música pelas mãos de Lessa (DJ que “cruza géneros de uma forma fluida e com um sentido de futurismo”), para se despedir de mais uma edição.