Exposições
Escola das Artes inaugura exposição “Dança do Labirinto” de Ricardo Jacinto
Ricardo Jacinto, artista sonoro e músico que se concentra principalmente na relação entre som e espaço, vai ter uma exposição patente na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto intitulada “Dança do Labirinto”.
24 Out a 13 Dez 2024
“Dança do Labirinto”, de Ricardo Jacinto, é um projeto onde a figura ancestral do labirinto surge como desenho-força para orientar a relação dos muitos corpos, fantasmas e tempos que serão convocados para o seu interior. Uma instalação feita da matéria de muitas músicas, ou talvez, uma dança para um ruído infinito.
Nesta exposição o artista cria uma experiência sensorial imersiva, onde o espaço físico e o som atuam como elementos estruturantes para o movimento. A ideia central é a criação de um "labirinto" sonoro e físico, que guia os participantes/visitantes através de um espaço com diferentes estímulos auditivos e visuais. Promovendo interações não convencionais entre corpo, espaço e som, propondo um tipo de experiência que vai além do visual, envolvendo diretamente a perceção corporal e auditiva dos participantes.
Ricardo Jacinto explora o conceito de "coreografia invisível", onde a música e o som desempenham o papel de moldar os movimentos dos corpos no espaço, sem que esses corpos estejam necessariamente visíveis ou tangíveis.
“Para nós é motivo de orgulho contar com a obra diferenciadora do artista e músico Ricardo Jacinto. “Dança do Labirinto” cria uma espécie de jogo sensorial, no qual os visitantes se deslocam por ambientes cujo desenho não é meramente físico, mas também acústico”, refere Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto.
Ricardo Jacinto é membro fundador e diretor artístico do coletivo OSSO e realizou a sua pesquisa de doutoramento no Sonic Arts Research Centre, Queens University Belfast. Desde 1998, tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas, concertos e espetáculos em Portugal e Europa, tendo colaborado frequentemente com outros artistas, músicos, arquitetos e performers. A sua música foi editada pela Clean Feed, Shhpuma Records e Creative Sources. É representado pela Galeria Bruno Múrias e as suas instalações estão presentes em várias coleções nacionais: Fundação de Serralves, Caixa Geral de Depósitos, Fundação Leal Rios ou Fundação António Cachola. Foi co-representante (c/ Pancho Guedes) de Portugal na 10.ª Bienal de Arquitetura de Veneza 2006 e o seu trabalho foi apresentado em diferentes locais como Culturgest (Lisboa e Porto), Fundação de Serralves, Fundação Calouste Gulbenkian, Palais de Tokyo, MUDAM, Teatro Maria Matos, Museu Vostell, Casa da Música, CCB, Manifesta 08_Bienal Europeia de Arte Contemporânea, Frac Loraine_Metz ou OK CENTRE_Linz, entre outros.
A Sala de Exposições da Escola das Artes faz parte do Católica Art Center que integra desde o início de setembro a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea a nível nacional. De referir que além da Sala de Exposições, o Católica Art Center integra mais dois espaços: o Auditório Ilídio Pinho, que tem programação semanal de cinema e encontros com artistas; e a Blackbox mais vocacionada para as artes performativas.
>> Mais informações