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Crónicas das Aves e dos Homens: da Migração Outonal das Aves à "Cultura Mirense"

O Festival Terras sem Sombra, no âmbito da sua programação dedicada à Biodiversidade, lança um olhar ao vasto horizonte no Cabo Sardão, em busca das aves migratórias em direção ao sul, e convida ainda a um olhar sobre o território que viu florescer a cultura denominada "Mirense".

13 Out 2024  |  09h30

Ponto de encontro: Cais de Odemira
Preço
Entrada livre
Com ponto de encontro agendado para Cavaleiro (Ponta da Carranca/Ponta do Cão), esta ação tem como guia o reconhecido fotógrafo de Natureza, Dinis Cortes, grande conhecedor da região. É na voz do próprio que fica o convite para esta atividade: “as aves migratórias da Europa possuem corredores no regresso a África, em período outonal, que incluem a trajetória descendente ao longo da costa portuguesa até Sagres onde se reagrupam para rumar a Gibraltar/Tarifa. Aí, atravessam para o continente africano. No entanto, algumas delas saem diretamente em Sagres e em todo o Algarve para o Mar e alcançam Marrocos e a Mauritânia. O Cabo Sardão é uma plataforma privilegiada para observar aves marinhas na sua deslocação para sul”.

No decorrer da atividade, os participantes são convidados a adentrarem-se num segundo tema: a Cultura Mirense, centrada no denominado Mesolítico.

“Na Costa Vicentina, entre Sines/Samouqueira/Porto Covo e Sagres, prolongando-se pelo Algarve até ao Burgau, surge uma cultura única, verdadeiramente "vicentina", denominada Cultura Mirense e caracterizada pela ocupação do território em praias ou patamares sobranceiros ao mar, prática intensiva de marisqueiro, aparecimento de concheiros estratificados por sucessivas fases de consumo intensivo de bivalves, presença de restos de estruturas de lareiras enquadradas por pedras nas áreas dos patamares. O ex-libris desta cultura é o denominado ‘machado mirense’, multifacetado e de formas e talhe variados, mas que teria funções de corte, escavação, desmembramento de reses e inclusive percussão”, conclui Dinis Cortes.
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