Exposições
Pinturas sobre Papel
A Galeria Monumental acolhe a exposição do artista Meco.
28 Set a 19 Out 2024
Galeria Monumental
Campo dos Mártires da Pátria, 101, 1150-227 Lisboa
Preço
Entrada livre
Escreve Ana Maria Pereirinha sobre a exposição: «Após um período de exploração intensa do vídeo, que já era patente na última exposição realizada na Galeria Monumental em 2020, MECO retoma em 2024 as sequências de pinturas sobre papel. Este “retomar” é forçosamente entre aspas, uma vez que também nesse evento de 2020 do longo projecto “Estrada Marginal” os seus trabalhos de colagem fotográfica e acrílico sobre tela se poderiam classificar, não como “over” mas como “underpainting”, num diálogo com as faixas de cor da exposição, “Pinturas sobre papel, 2018”, agora sobrepostas e hibridizadas com imagens, significantes, simulacros, ícones hiper-realistas de uma afirmação pós-moderna que está subjacente a todo o percurso do artista.
Este percurso, que vem abordando a realidade desse lugar de recusa a obediências a escolas, a estilos e pontos de vista fixos que é a sua “Estrada Marginal” — lugar que se descreve, citando Richter, “sem perseguir objectivos, sistemas ou tendências”, e aparentemente “sem programa, sem estilo nem direcção” — vai, na sua permanente mutação, deixando marcas, retomando cores e formas, jogando com a figuração e a abstracção, e cabe ao espectador, nestas “Pinturas Sobre Papel, 2024”, rememorar as paletas e os jogos de cor dos anos 70/80, as transparências e opacidades dos anos 90 ou as formas nas pinturas sobre tela de 2006, que agora se desagregam como os tempos em que tudo se repete, mas nada se repete, nada “se muda já como soía”, o simulacro é o real. Quelle réalité, Papa? Estamos todos na estrada marginal, e MECO abre sobre as pinturas caixas brancas que parecem aguardar ícones impossíveis.»
Este percurso, que vem abordando a realidade desse lugar de recusa a obediências a escolas, a estilos e pontos de vista fixos que é a sua “Estrada Marginal” — lugar que se descreve, citando Richter, “sem perseguir objectivos, sistemas ou tendências”, e aparentemente “sem programa, sem estilo nem direcção” — vai, na sua permanente mutação, deixando marcas, retomando cores e formas, jogando com a figuração e a abstracção, e cabe ao espectador, nestas “Pinturas Sobre Papel, 2024”, rememorar as paletas e os jogos de cor dos anos 70/80, as transparências e opacidades dos anos 90 ou as formas nas pinturas sobre tela de 2006, que agora se desagregam como os tempos em que tudo se repete, mas nada se repete, nada “se muda já como soía”, o simulacro é o real. Quelle réalité, Papa? Estamos todos na estrada marginal, e MECO abre sobre as pinturas caixas brancas que parecem aguardar ícones impossíveis.»