Dionysos é uma figura incontornável enquanto ser primordial, patrono das artes performativas, do Ocidente. No Oriente existe o paralelo com a figura de Shiva, enquanto deus destruidor renovador, bailarino, também ele próprio ligado à criatividade ao autoconhecimento e transcendência pela alteração dos estados de consciência. O espetáculo propõe uma relação não convencional na utilização do espaço performativo, propondo-se diluir a barreira com o espectador numa vivência imersiva e sensorial. Explora a renovação da vida, a procura do equilíbrio para além da lógica e a transcendência pela via do corpo. Através da dança e da composição musical eletrónica, juntam-se à figura e história de Dyonisos, outras proto-narrativas coreográfico-sonoras que emergem das suas múltiplas histórias paralelas onde ressoam as palavras de Hélia Correia.

Ficha técnica: Pedro Ramos, direção artística, coreografia, interpretação; Jorge Cunha Machado, Sara Belo, Vitor Alves da Silva, Mara Morgado, e Pedro Ramos, interpretação.