Quando, em 2011, um tsunami arrasou a cidade japonesa Otsuchi, causando a morte a uma grande parte da sua população, quem sobreviveu voltou-se para o jardim de Itaru Sasaki. Foi ali que, num processo de luto, Sasaki tinha montado uma cabine telefónica desligada da rede, que usava para enganar a saudade, imaginando que do outro lado da linha estava a pessoa amada e desaparecida. Desde então, o lugar serve de palco para o luto de milhares de pessoas que vêm de todo o mundo para falar com quem já não está. Chamaram-lhe o Telefone do Vento, e serve de princípio para este espetáculo em que se ensaiam formas de posicionamento com empatia e criatividade perante aquilo que não conhecemos, partindo do desamparo, da dor e da imaginação, em busca de algum consolo. Solstício de Inverno é sobre o desejo de vencer a sombra, uma noite de cada vez.

O Teatro da Cidade foi fundado, em 2015, por Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço. Estreou o seu primeiro espetáculo, Os Justos de Albert Camus, em 2016, no Teatro do Bairro Alto, com o apoio do Teatro da Cornucópia. Foca-se na importância do texto para a criação de espetáculos, usando o repertório dramatúrgico mundial.

Texto e encenação Guilherme Gomes
Com a colaboração de Leonor Buescu
Interpretação Bernardo Souto, Diogo Dória, Nídia Roque, Nylon Princeso, Sofia Marques
Música Leonardo Outeiro (com a participação da banda da Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense)
Cenário e adereços Ângela Rocha
Figurinos Nídia Roque
Luz Rui Seabra
Design gráfico, fotografia, registo de vídeo Luís Belo
Direção de produção, gestão Maria João Garcia
Produção executiva Ricardo Arenga
Coprodução Teatro da Cidade, Culturgest — Fundação Caixa Geral de Depósitos, CRETA LCT, Teatro Aveirense, Teatro Municipal de Bragança e Município de Pombal Apoio A Oficina, Escola do Largo
Agradecimentos Centro Cultural de Vinhais, Roberto Afonso, Vítor Anjos, Tozé, Professor Francisco Oneto, José Lemos, Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense, Artistas Unidos

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