"Manga d'Terra" de Basil da Cunha é o filme de abertura desta 9.ª edição de "Filmes com Estrelas", com exibição no dia 19 de julho no Jardim das Comunidades, em Almancil. Depois da estreia no Festival de Locarno em 2023, o filme passou este ano pelo IndieLisboa e entrou no circuito comercial português no passado mês de junho. Esta é a terceira longa-metragem do premiado realizador luso-suíço, que volta a filmar na Reboleira, no concelho da Amadora, para apresentar a história de uma jovem mulher cabo-verdiana, que deixa os filhos na sua terra natal e parte rumo a Lisboa.

No dia 21 de julho é exibido em S. Sebastião "A Bela América", uma comédia de António Ferreira, protagonizada por São José Correia, que vai marcar presença na sessão, e Estêvão Nunes. Neste filme, Lucas, um humilde cozinheiro consegue, através dos seus cozinhados, seduzir América, uma estrela de televisão e candidata a Presidente da República.

Já no dia 24 de julho, no Largo da Igreja, em Boliqueime, o público poderá ver o filme português que, até ao momento, contabilizou mais espectadores nas salas de cinema: "Revolução (sem) sangue" de Rui Pedro Sousa. Baseado em fatos reais, esta longa-metragem é a história das cinco pessoas que morreram durante a Revolução de 25 de Abril de 1974.

No dia seguinte, em Tôr, é apresentado “A Minha Casinha", um filme de António Sequeira que conta a história de uma família no interior de Portugal, que vê o seu filho mais velho sair de casa, para estudar em Londres.

Com Alba Batista, Anabela Moreira e Carloto Cotta nos principais papéis, "A Semente do Mal", de Gabriel Abrantes é um filme de terror, género raro da cena cinematográfica lusitana, que vai ser exibido a 26 de julho em Benafim.

Na noite de 27 julho, em S. Clemente, é apresentado "O Pior Homem de Londres", uma obra de Rodrigo Areias com Albano Jerónimo e Victoria Guerra e ambientada em Londres na época vitoriana, sobre uma personalidade histórica verídica e controversa: o luso-britânico Charles Augustus Howell, agente de grandes artistas, negociador de arte, agente secreto e mestre em chantagem.

Lisboa é o cenário perfeito da história de amor entre Fábio, um brasileiro meio tímido, e Maria, uma destemida portuguesa, no filme "Amo-te Imenso" de Hermano Moreira, cuja exibição terá lugar na antiga Escola Primária de Salir, no dia 28 de julho.

"Cândido o Espião que veio do Futebol" é o mais recente filme de Jorge Paixão da Costa sobre Cândido de Oliveira, interpretado por Tomás Alves, um telegrafista, jornalista, seleccionador nacional, jogador de futebol e espião, que ajudou os aliados na luta contra os nazis durante a II Guerra Mundial. Uma oportunidade para conhecer um herói desconhecido que viveu várias vidas numa só, no dia 31 de julho, na Praça do Mar, em Quarteira.

Inspirado na novela homónima do romancista, dramaturgo e argumentista Mário de Carvalho, o filme “A Arte de Morrer Longe” é um drama sobre a complexidade das relações humanas e marca a estreia de Júlio Alves na longa-metragem. Com Ana Moreira e Pedro Lacerda, este filme vai ser exibido a 1 de agosto, em Querença, no Largo da Igreja.

"Soares é Fixe" de Sérgio Graciano, procura contar a história de Mário Soares através de um momento da sua vida: a segunda volta das presidenciais de 1986 que disputou (e venceu) contra Freitas do Amaral, num Portugal dividido e fraturado. Para ver no dia 2 agosto em Alte.

Para encerrar o programa "Filmes com estrelas", é exibido a 3 de agosto no Ameixal "Pôr-do-Sol: O Mistério do Colar de São Cajó", o filme português mais visto nas salas em 2023. Realizado por Manuel Pureza, esta longa partiu da série televisiva sobre a família Bourbon de Linhaça e do seu bem mais valioso: o Colar de São Cajó, que está na família há mais de 3500 anos e esconde segredos, maldições e uma lendária receita de bacalhau.

A 9.ª edição do ciclo Filmes com Estrelas é uma iniciativa da Câmara Municipal de Loulé, através do Loulé Film Office e é de entrada livre. Em 2023, Filmes com Estrelas recebeu o Prémio Sophia Arte e Técnica, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema, por levar cinema português a aldeias e lugares sem salas mas que encontram em cenários naturais o local ideal para a sua realização, promovendo a coesão territorial e estendendo a atividade cultural a zonas mais afastadas dos polos urbanos.