Concertos, visitas guiadas a espaços da instituição e a realização da Extração da Lotaria Especial de Aniversário, são algumas das muitas atividades que integram o programa das comemorações dos 526 anos da santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

De 1 a 6 de julho, a instituição, que nasceu em 1498 pela mão da Rainha D. Leonor, vai abrir as suas portas à comunidade, com o objetivo de se aproximar das pessoas e dar a conhecer equipamentos e espaços que, habitualmente, estão encerrados ao público, como é o caso da Provedoria e da histórica Sala de Sessões, localizadas no complexo de São Roque, no Bairro Alto.

A estas visitas juntam-se muitas outras iniciativas de âmbito histórico-cultural, de acesso gratuito ao público. No dia 1 de julho, por exemplo, estão previstas sessões de educação para a Saúde, dinamizadas pelo projeto Radar e, às 11h, a célebre Sala de Extrações recebe o encontro “Os artistas das nossas vidas”, no qual Simone de Oliveira, Carlos Paulo e Lurdes Norberto, da Casa do Artista, falarão sobre as suas memórias da Lotaria e dos Pregões dos Cauteleiros. Depois, será realizada a Extração da Lotaria Especial dos 526 Anos da Misericórdia de Lisboa, com a apresentação especial do ator José Raposo.

No dia 2 de julho, às 10h e às 15h, a Provedoria da instituição abre as suas portas a quem a queira conhecer. Os visitantes terão ainda o privilégio de poder ver o Livro Fundacional da Misericórdia de Lisboa: “Compromisso manuscrito e iluminado de 1520”. Às 11h, irá celebrar-se, na Igreja de São Roque, a Missa dos 526 anos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, presidida por S.Exa. Rev.ma, o Senhor D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, Bispo Eleito Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, e concelebrada pelo Reitor da Igreja de São roque, Padre António Júlio Trigueiros, SJ.

Ao final da tarde, às 19h, o mesmo espaço recebe o Concerto do grupo “Altos do Bairro”, constituído por seis músicos lisboetas: um arquialaúde, uma tiorba, um violoncelo, um cravo e duas sopranos. A obra que será apresentada, “Leçons de Ténèbres”, foi composta por François Couperin, em 1714, para a liturgia da Semana Santa na Abadia Real de Longchamp. Couperin escreveu, como era habitual na época, leçons para quarta, quinta e sexta-feira santas, no entanto apenas a de quarta-feira resistiu ao tempo. Este é um concerto evocativo da Temporada Música em São Roque, uma das melhores e mais antigas temporadas de música de Lisboa, que se realiza anualmente em novembro e que já vai na sua 35ª edição.

Dia 3, o destaque vai para a visita guiada ao Museu de São Roque, às 11h e às 15h, e para a visita guiada à exposição “Atelier”, de Pedro Cabrita Reis, com a presença do artista.

Dia 4 de julho, será a vez do Hospital de Sant´Ana abrir as suas portas ao público, às 11h e às 15h, assim como o Convento de São Pedro de Alcântara, às 16h.

No dia 5, sexta-feira, as atenções vão estar viradas para o Largo Trindade Coelho, onde irá acontecer uma aula de fitness às 10h15, para todos aqueles que quiserem participar. Nesse mesmo dia, às 11h e às 15h, o novo museu Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo terá também visitas guiadas, assim como a Brotéria, às 16h.

Por fim, no último dia das comemorações, sábado, dia 6 de julho, o Arquivo Histórico da Santa Casa poderá ser visitado às 11h e às 15h. Já às 18h, terá lugar, na Igreja de São Roque, o Concerto Orquestra Geração Santa casa.

Refira-se que todas as visitas têm lotação limitada e requerem marcação prévia, através dos contactos 213 240 869/87/65 ou culturasantacasa@scml.pt.  

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