Exposições
Viagem ao Ocidente por Benoit + Bo
O Museu do Oriente acolhe a exposição Viagem ao Ocidente, da dupla franco-chinesa Benoit+Bo, que propõe, entre fotografias, pinturas, esculturas e instalações, uma reflexão sobre as culturas asiáticas e a sua relevância no mundo globalizado, bem como novos olhares dialogantes entre a Ásia e a Europa.
27 Jun a 20 Out 2024
Museu do Oriente
Avenida Brasília | Doca de Alcântara (Norte), 1350-352 Lisboa
Benoit é natural de França, Bo nasceu na província de Shandong, na China, juntos há quase 20 anos formam a dupla artística Benoit + Bo e Dongboxibo. A exposição Viagem ao Ocidente, inspirada no romance de Wu Cheng’en do século XVI sobre a fantástica jornada de um monge budista e da sua escolta pela Ásia Central, revela o resultado de uma exploração criativa de ambos sobre a extensa jornada física e interior pela Ásia e pela Europa e inclui alguns dos protagonistas do romance nas obras expostas.
Com uma abordagem contemporânea que reinterpreta fórmulas estéticas, os artistas partem de vários anos de pesquisa sobre arte popular não ocidental e cultura pop asiática e ocidental, dimensões muitas vezes relegadas para segundo plano. A estas influências juntam-se as manifestações da cultura digital contemporânea, pautada pelas redes socais e a hiper-conetividade.
Através de séries de obras, os artistas desafiam categorizações e reimaginam a arte popular asiática para abordar questões globais.
Em “Lanternas de Cabeças Felizes” as máscaras tradicionais do teatro popular chinês são transformadas em lanternas insufláveis de grande escala para que o visitante possa reconsiderar o significado de símbolos tradicionais num contexto moderno. Na série “Paisagens” estas máscaras são utilizadas pelos artistas que se retratam em imagens digitais em várias metrópoles europeias e asiáticas onde viveram e trabalharam.
Das máscaras, às imagens de proteção chinesas, em “Deuses das Portas’’ (Menshen) estas são representadas em grande formato num estilo colorido e vibrante, trazendo à memória os címbalos da ópera chinesa.
Na série “Novo Munjado” aprecia-se uma reinterpretação da arte tradicional coreana Munjado, através de pinturas de grande impacto que ilustram o frenético mundo digital e retratam o estado de crise ambiental da atualidade, sob a égide dos caracteres chineses para “pesadelo’’ e “desastre’’.
Ainda com o mote nas preocupações ambientais, na série “Jardim Chinês’’, Benoit+Bo revisitam a pintura tradicional chinesa sob a forma de rolos ou biombos e representam o universo em miniatura, com uma imagética que se traduz em paisagens geométricas e desertas, coloridas e inquietantes.
Em Viagem ao Ocidente, a dupla de artistas procura destacar que o estatuto da arte popular não é apenas um reflexo de escolhas estéticas, mas também o produto de uma história complexa de dominação e marginalização. O trabalho artístico de Benoit + Bo, que se pode também definir como ativismo visual, procura desmistificar noções preconcebidas e enfatizar como a história do colonialismo e das estruturas de classe influenciaram profundamente a perceção da arte popular e não ocidental.
Esta exposição é organizada em conjunto com Embaixada da Bélgica em Portugal e a Délégation Générale Wallonie-Bruxelles en Espagne/Portugal e conta com o apoio do Institut Français du Portugal no âmbito de MaisFRANÇA, o programa da criação contemporânea francesa em Portugal e pode ser visitada no Museu do Oriente até 20 de outubro.
Com uma abordagem contemporânea que reinterpreta fórmulas estéticas, os artistas partem de vários anos de pesquisa sobre arte popular não ocidental e cultura pop asiática e ocidental, dimensões muitas vezes relegadas para segundo plano. A estas influências juntam-se as manifestações da cultura digital contemporânea, pautada pelas redes socais e a hiper-conetividade.
Através de séries de obras, os artistas desafiam categorizações e reimaginam a arte popular asiática para abordar questões globais.
Em “Lanternas de Cabeças Felizes” as máscaras tradicionais do teatro popular chinês são transformadas em lanternas insufláveis de grande escala para que o visitante possa reconsiderar o significado de símbolos tradicionais num contexto moderno. Na série “Paisagens” estas máscaras são utilizadas pelos artistas que se retratam em imagens digitais em várias metrópoles europeias e asiáticas onde viveram e trabalharam.
Das máscaras, às imagens de proteção chinesas, em “Deuses das Portas’’ (Menshen) estas são representadas em grande formato num estilo colorido e vibrante, trazendo à memória os címbalos da ópera chinesa.
Na série “Novo Munjado” aprecia-se uma reinterpretação da arte tradicional coreana Munjado, através de pinturas de grande impacto que ilustram o frenético mundo digital e retratam o estado de crise ambiental da atualidade, sob a égide dos caracteres chineses para “pesadelo’’ e “desastre’’.
Ainda com o mote nas preocupações ambientais, na série “Jardim Chinês’’, Benoit+Bo revisitam a pintura tradicional chinesa sob a forma de rolos ou biombos e representam o universo em miniatura, com uma imagética que se traduz em paisagens geométricas e desertas, coloridas e inquietantes.
Em Viagem ao Ocidente, a dupla de artistas procura destacar que o estatuto da arte popular não é apenas um reflexo de escolhas estéticas, mas também o produto de uma história complexa de dominação e marginalização. O trabalho artístico de Benoit + Bo, que se pode também definir como ativismo visual, procura desmistificar noções preconcebidas e enfatizar como a história do colonialismo e das estruturas de classe influenciaram profundamente a perceção da arte popular e não ocidental.
Esta exposição é organizada em conjunto com Embaixada da Bélgica em Portugal e a Délégation Générale Wallonie-Bruxelles en Espagne/Portugal e conta com o apoio do Institut Français du Portugal no âmbito de MaisFRANÇA, o programa da criação contemporânea francesa em Portugal e pode ser visitada no Museu do Oriente até 20 de outubro.
Horário: Terça-feira a domingo: 10.00-18.00
Sexta-feira: 10.00-20.00 (entrada gratuita das 18.00-20.00)
Preço: 8 €
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