"MicrUs" pressupõe a palavra "Us" ("nós" em inglês) em conjugação com o moldável "Micro", numa reflexão sobre o quão pequenos somos. Partimos da assumpção egocêntrica de que só nós é que vivenciamos determinadas emoções e linhas de pensamento, não nos permitindo trocar sensações com quem nos rodeia. A música, improvisada mas com pontos de partida melódicos e/ou harmónicos concretos, serve como veículo para micro narrativas, como se de pequenos pensamentos se tratassem. Com dois discos gravados em trio, Desidério Lázaro desta vez faz-se acompanhar por dois talentos da nova geração: André Rosinha no contrabaixo e João Sousa na bateria.

Desidério Lázaro — saxofone
André Rosinha — contrabaixo
João Sousa — bateria

Natural de Faro, iniciou os seus estudos em música clássica em flauta e clarinete e fez parte de diversos agrupamentos e bandas filarmónicas. Depois de estudar saxofone no Hot Clube Portugal com Paula Gaspar e Pedro Moreira, licenciou-se em Jazz no Conservatório de Amsterdão, onde pôde estudar com Ferdinand Povel, Jasper Blom e Dick Oatts. É professor na Escola Superior de Música de Lisboa, onde se graduou como mestre em Jazz Performance, e na Universidade Lusíada de Lisboa. Desidério Lázaro apresenta-se em variadíssimas formações que vão desde o jazz mais tradicional a vertentes mais contemporâneas, tendo já tocado com Mário Laginha, Maria João, Carlos Barretto, Rui Veloso, Luís Represas, The Black Mamba, Carlos do Carmo, entre muitos outros. Em 2010, gravou “Rotina Impermanente”, e o seu trabalho mais recente é “MicrUs” (Sintoma Records, 2023) que tem sempre recebido críticas entusiastas, bem como diversas nomeações para “disco jazz do ano”.

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