A artista convida-nos a observar a sua íntima relação com a cidade de Lisboa, apresentando na sua obra um conjunto de trabalhos artísticos que são profundamente influenciados pelas experiências sensoriais e pela memória dos espaços percorridos, ressaltando a importância da preservação da memória individual e coletiva na construção do sentimento de pertença.

Entre os seus mapeamentos, ora mais descritivos segundo a demarcação geográfica, ora mais figurados, somos convidados a pensar sobre a nossa definição de cidade, sobre as nossas vivências, bem como sobre a dimensão afectiva que com ela estabelecemos. Entre a sua Lisboa, Joana Paraíso propõe-nos um caminhar marcado por cruzamentos diversos, por encontros e desencontros e pelas subtilezas do quotidiano, para assim chegarmos a esse trajecto no qual a experiência concreta do exterior se faz “pari passu” do interior — histórica, identitária e relacional.

Contamos também com uma conversa em torno da exposição (19h00) entre Joana Paraíso e a sua convidada Maribel Sobreira, filósofa e arquitecta por acidente, que divide a sua prática entre o ensaio, docência, investigação e uma curadoria expandida.