Antonio Bokel é considerado um dos principais agentes de atualização do movimento construtivista no Brasil, pertencendo à quinta geração de artistas que seguem o eco daqueles que foram fundamentais para sua efervescência em meados do século XX, como Lygia Clark e Hélio Oiticica.

“Vazio Inverso” alude à tentativa de representar a antimatéria que dá sentido à completude da forma e é expoente de um diálogo interno voltado para a busca do equilíbrio do ser. É o resultado de um processo de pesquisa para a desconstrução da geometria que tem sua matriz no círculo, por suas conotações conceituais e espirituais, e busca romper o raciocínio linear implícito na forma para atingir sua essência: o próprio vazio, que, não entendido como ausência, mas como pausa, adquire assim a sua possível corporeidade.