Em 2006, a internet já tinha começado a virar o mundo da imprensa de pernas para o ar. Ainda sem a influência das redes sociais, as redações continuavam a escrever jornais tal como dantes, mas o papel vendia cada vez menos. O mundo inteiro já estava em processo de migração para a internet, um meio que permitia imagem, som, movimento, interação e, mais tarde, partilha nas redes sociais. Como se podia posicionar o cartoon perante esta nova realidade? Era obvio então, para muitos criadores, que a fronteira entre imprensa escrita e audiovisual, entre jornais, televisão e net, se iria eventualmente esbater, por mais que tal parecesse ainda longínquo.

Uma equipa de conspiradores multidisciplinares composta por João Paulo Cotrim, André Carrilho, Cristina Sampaio, João Fazenda, e mais tarde Tiago Albuquerque, propôs-se a inventar um formato de cartoon audiovisual, com o apoio de António José Teixeira, atual Diretor de Informação da RTP. 

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