Exposições
Ai Weiwei Paradigm
A Galeria de Antiguidades e Arte São Roque tem o prazer de apresentar a exposição, Ai Weiwei: “Paradigm”, a partir de 15 de maio até 31 de julho de 2024.
15 Mai a 31 Jul 2024
Galeria de São Roque Too
Rua de São Bento, 269 Lisboa
Preço
Entrada livre
A Galeria de Antiguidades e Arte São Roque tem o prazer de apresentar a exposição, Ai Weiwei: “Paradigm”, a partir de 15 de maio até 31 de julho de 2024. Esta exposição na Galeria São Roque Too é composta por 17 obras de arte e centra-se na porcelana, um material extensivamente considerado e explorado pelo artista e as suas nuances e ligações ao património artístico da porcelana portuguesa.
Emparelhadas com uma nova série de retratos LEGO, as esculturas de porcelana destacam temas de tensão social e política, liberdade de expressão, autenticidade, valor e maestria. Estas esculturas refletem a reinterpretação do artista das técnicas tradicionais de porcelana chinesa queimadas em Jingdezhen, o epicentro da produção de porcelana da China desde a Dinastia Ming (1368-1644).
Cada obra de arte serve como um paradigma, que conta a trajetória da imagem para a ação iconoclasta, ou justapondo a tradição com contemporaneidade, atribuindo técnicas de arte decorativa centenárias à expressão artística. Ai Weiwei desafia esses conceitos em trabalhos como Ghost Gu Descending a Mountain (2007) ou Blue & White Porcelain Plates (small) (2017). Feitos com uma diferença de dez anos, cada um representa preocupações diferentes nos seus motivos temáticos, seja refletindo sobre o valor e significado atribuídos a peças ancestrais durante e após a Revolução Cultural (1966-76) ou a situação das migrações e conflitos - eles desenvolvem-se com a intenção do artista e refletem cada vez mais uma consciência elevada da urgência da humanidade.
Ai Weiwei revisita frequentemente a porcelana de forma a contar uma história que muitas vezes se baseia na ideia de transliteração. A amplitude do trabalho revela uma materialidade que se metamorfoseou em algo evocativo da memória. As obras relembram eventos como o terremoto de Sichuan de 2008 com Porcelain Rebar (2014), enquanto He Xie (2011) encapsula um significado de contracultura ao ser um homófono para harmonia, senão gíria para a censura.
No auge da perseguição de Ai Weiwei pelas autoridades chinesas, várias obras foram criadas abordando a liberdade de expressão. Representadas em Freedom of Speech Puzzle (2014), um mapa da China representado em partes, adornado com a expressão 'liberdade de expressão'. Remains (2014) apresenta uma reprodução em porcelana de ossos humanos, oferecida ao artista após uma escavação arqueológica de um campo de trabalho ativo na década de 1950.
A exposição "Paradigm" estabelece paralelos com a longa tradição e apreciação de Portugal por este meio, bem como muitos arquétipos derivados dele. Desde a introdução do cobalto azul da China no século XVI até o uso generalizado de azulejos revestido fachadas e os temas recorrentes inspirados na natureza - a cerâmica consistentemente deixou uma marca na memória coletiva. Essa profunda influência cultural não foi ignorada nas suas reflexões sobre o país.
Emparelhadas com uma nova série de retratos LEGO, as esculturas de porcelana destacam temas de tensão social e política, liberdade de expressão, autenticidade, valor e maestria. Estas esculturas refletem a reinterpretação do artista das técnicas tradicionais de porcelana chinesa queimadas em Jingdezhen, o epicentro da produção de porcelana da China desde a Dinastia Ming (1368-1644).
Cada obra de arte serve como um paradigma, que conta a trajetória da imagem para a ação iconoclasta, ou justapondo a tradição com contemporaneidade, atribuindo técnicas de arte decorativa centenárias à expressão artística. Ai Weiwei desafia esses conceitos em trabalhos como Ghost Gu Descending a Mountain (2007) ou Blue & White Porcelain Plates (small) (2017). Feitos com uma diferença de dez anos, cada um representa preocupações diferentes nos seus motivos temáticos, seja refletindo sobre o valor e significado atribuídos a peças ancestrais durante e após a Revolução Cultural (1966-76) ou a situação das migrações e conflitos - eles desenvolvem-se com a intenção do artista e refletem cada vez mais uma consciência elevada da urgência da humanidade.
Ai Weiwei revisita frequentemente a porcelana de forma a contar uma história que muitas vezes se baseia na ideia de transliteração. A amplitude do trabalho revela uma materialidade que se metamorfoseou em algo evocativo da memória. As obras relembram eventos como o terremoto de Sichuan de 2008 com Porcelain Rebar (2014), enquanto He Xie (2011) encapsula um significado de contracultura ao ser um homófono para harmonia, senão gíria para a censura.
No auge da perseguição de Ai Weiwei pelas autoridades chinesas, várias obras foram criadas abordando a liberdade de expressão. Representadas em Freedom of Speech Puzzle (2014), um mapa da China representado em partes, adornado com a expressão 'liberdade de expressão'. Remains (2014) apresenta uma reprodução em porcelana de ossos humanos, oferecida ao artista após uma escavação arqueológica de um campo de trabalho ativo na década de 1950.
A exposição "Paradigm" estabelece paralelos com a longa tradição e apreciação de Portugal por este meio, bem como muitos arquétipos derivados dele. Desde a introdução do cobalto azul da China no século XVI até o uso generalizado de azulejos revestido fachadas e os temas recorrentes inspirados na natureza - a cerâmica consistentemente deixou uma marca na memória coletiva. Essa profunda influência cultural não foi ignorada nas suas reflexões sobre o país.
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