Agenda Mensal
"Arte pela Democracia" em abril
Tudo o que pode ver e fazer no mês em que se comemoram os 50 anos da Revolução.
1 Abr a 30 Abr 2024
Logo no arranque do mês, a 6 de abril, às 21h30, no Centro Cultural e Recreativo de Assafarge, em Coimbra, assista à estreia de «A Grande Emissão do Mundo Português», espetáculo que marca o arranque do projeto «3DÊS – Em Campanha para Descentralizar, Discutir e Democratizar a Cultura», que, inspirado pelas Campanhas do MFA, procura trabalhar o acesso cultural de populações deslocadas do centro da cidade de Coimbra. Durante o mês de abril, o espetáculo será apresentado também em Brasfemes (dia 7), São Silvestre (dia 13), Ceira (dia 14) e Souselas (dia 21).
Nos dias 11 e 12 de abril, às 21h, sobe ao palco do Cineteatro Louletano, em Loulé, «Em Silêncio», um espetáculo documental e imersivo, que pretende quebrar as fronteiras entre realidade e criação, explorando as linhas de tensão entre as duas formas de arte – o cinema e o teatro – e entre ficção e realidade. O espetáculo segue depois para Setúbal, onde será apresentado no Fórum Municipal Luísa Todi a 16 e 17 de abril, também às 21h.
Aveiro recebe no dia 12 de abril, o espetáculo «Código Postal», que parte de um conjunto de cartas escritas durante a guerra, para falar sobre a liberdade e a construção da democracia. Será apresentado no Teatro Aveirense, às 21h30.
De 12 a 14 de abril, às 19h30, sobe ao palco do Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, o espetáculo «Guião para um País Possível», de Sara Barros Leitão. Com dramaturgia criada a partir dos discursos, intervenções, apartes, insubordinações e até gestos transcritos nos Diários da Assembleia da República, o espetáculo procura resgatar os momentos mais marcantes dos últimos 50 anos da nossa democracia. O espetáculo segue depois para o Teatro Viriato, em Viseu (dias 19 e 20), e para o Teatro Sá da Bandeira, em Santarém (dia 26).
Nos dias 16 (Lisboa Incomum) e 18 (Auditório Camões) de abril, às 19h, há música em Lisboa. Pedro do Carmo, Lluïsa Paredes e Eva Aguilar apresentam o seu projeto «Zeca Afonso – Estudos Musicais para dois violoncelos», um concerto comentado, onde serão interpretados e analisados os arranjos de 10 canções de Zeca Afonso para dueto de violoncelos.
No dia 17 de abril, inauguram no Museu do Tesouro Real, em Lisboa, as exposições «Jóias para a Democracia» e «Tiaras Contemporâneas», inseridas na segunda edição da Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea de Lisboa.
Já no dia seguinte, a 18 de abril, às 14h45, será projetado, no Auditório Municipal de Mirandela, o documentário «Novíssimas Cartas Portuguesas», que, partindo da obra «Novas Cartas Portuguesas», de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, faz uma análise dos movimentos feministas do século XXI sob uma perspetiva interseccional, celebrando as mulheres e as suas conquistas. Durante o mês de abril, o documentário será exibido também em Caldas da rainha (dia 20) e em Setúbal (dia 23).
De 18 a 21 de abril, decorre na Ajuda, em Lisboa, o festival multidisciplinar «Futuros da Liberdade», que oferece conversas, concertos, performances, exposições e gastronomia e conta com nomes como André Tecedeiro, Gisela Casimiro, Lena D’Água, Maria Teresa Horta e Teresa Coutinho, entre outros.
Também a 18 de abril, mas a norte, decorre o lançamento do fanzine «Kioskzine – Especial Liberdade». O evento tem lugar no Fórum da Maia e é seguido da inauguração de uma exposição, que reúne o trabalho de quatro fotógrafos, pouco divulgados junto do grande público, que fizeram a cobertura dos acontecimentos de 25 de Abril de 1974 em Lisboa e no Porto.
De 18 a 25 de abril, o Alentejo é palco do projeto «Histórias do 25 de Abril». O Cine-Teatro Arraiolos (dia 18), o Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz (dia 19) e a Escola Básica e Secundária Dr. Hernâni Cidade, do Redondo (dia 23), recebem um ciclo de debates intergeracionais, moderado por Maria Zozaya-Montes. A par disto, o projeto contempla um espetáculo que junta teatro de marionetas com um sexteto de músicos profissionais e um grupo de bombos tradicionais, e que será apresentado no Cine-Teatro Arraiolos (dia 21), no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz (dia 24) e no Centro Cultural de Redondo (dia 25).
No dia 19 de abril, às 21h30, sobe ao palco do Cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira, o espetáculo «Noite de Solidão no Capim», cuja ação decorre na derradeira noite da ditadura, quando um soldado do exército colonial português se cruza com um guerrilheiro angolano.
A 20 de abril, estreia em Lisboa o espetáculo «Heróis do Impossível», com encenação de João Garcia Miguel e interpretações de Catarina Wallenstein e Pedro Lacerda. A peça será apresentada no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, nos dias 20, 23, 24 e 26, às 21h30; e no Museu Nacional do Teatro e da Dança, nos dias 21, 25, 27 e 28, às 18h00.
A 24 de abril, decorre às 18h, na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco, uma sessão especial de celebração dos 50 Anos do 25 de Abril do projeto «Estado Ativo», onde se fará uma mostra pública de vários objetos artísticos, criados ao longo do projeto, numa noite que juntará música, performance e poesia.
No dia 25 de Abril, a partir das 16h, na Casa do Coreto, em Lisboa, decorre a Maratona Lamas, integrada no projeto «Livros escritos por mulheres», em que Maria Gil propõe uma leitura performativa do Catálogo da Exposição de Livros Escritos por Mulheres, organizada em 1947 pela jornalista e escritora Maria Lamas e pelo Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. O espetáculo «Livros escritos por mulheres» decorrerá também nos dias 26, 27 e 28.
Lousada recebe na noite de 25 de abril, o espetáculo dos Canto Nono «A Força (o poder) da Palavra – um Canto a José Mário Branco», que sobe a palco às 21h30 no Auditório Municipal.
Também a 25 de Abril, mas em Ponta Delgada, São Miguel, o projeto «Transmalhar» vai percorrer as ruas e praças da cidade, ocupando-as com acontecimentos artísticos, numa celebração da Democracia conquistada “dentro de ti, ó cidade”.
Já no dia 26 de abril, às 21h30, no Círculo Experimental de Teatro de Aveiro, o Grupo Poético de Aveiro, a plataforma Portugal Slam e o Poetry Slam Aveiro apresentam a iniciativa «Na Boca (H)À Liberdade!». Este evento de poetry slam dedicado à Liberdade chega no dia seguinte (27) a Leiria e sobe ao palco do TE-ATO (sala Jaime Salazar Sampaio), às 21h30.
Ainda a 26 de abril, às 21h, será apresentado no Auditório Municipal António Silva, em Lisboa, o espetáculo «A Revolução que me ensinaram», da autoria de Joana Cotrim e que se propõe responder à pergunta: quantas versões têm as histórias que fazem a História do 25 de Abril e da sua Revolução?
Também a 26 de abril, às 16h, é inaugurada na galeria Zaratan, em Lisboa, a exposição coletiva «Lápis Vermelho», que sucede a «Lápis Azul», e que estará patente até 1 de junho.
A 27 de Abril, às 21h00, é apresentado no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, o espetáculo «Memórias Vividas», que conclui o projeto, que contemplou recolha de testemunhos em vídeo, palestras, uma exposição fotográfica e espetáculos para escolas.
No mesmo dia (27), é apresentado às 21h00, na Praça de Touros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, o espetáculo «Cálice do Descontentamento», que, tendo como espaço cénico uma arena de tourada – metáfora de batalhas e digladiar de forças –, coloca em cena a ficção, a realidade e a especulação de uma época crucial da história portuguesa.