Literatura
Novo livro de Sofia Batalha sobre eco-mitologia chega às livrarias
O Santuário – Ensaios sobre Eco-Mitologia será apresentado na Feira do Livro de Lisboa no dia 9 de junho, pelas 19h.
9 Jun 2023 | 19h00
O Santuário – Ensaios sobre Eco-Mitologia será apresentado na Feira do Livro de Lisboa, dia 9 de junho, pelas 19h, no stand da Edições Mahatma.
“Estes vários ensaios são tecidos através de um paradigma e perspectiva eco-mitológica, num convite participativo a uma busca fractal e caleidoscópica em simbiose com o mais que humano, resgatando e recriando ecossistemas poli-vocais de identidade e percepção. A lente eco-mitológica é intimista, animista, complexa e sistémica, onde seres sagrados, antigos e multi-vocais são o próprio sistema ecológico, vivendo e respirando pelos ciclos da terra e da água”, diz Sofia Batalha.
A autora acrescenta ainda que “a urgente e lenta tarefa de observar e conectar à mitologia do lugar não é um acto heróico, romântico ou nostálgico. Não tem tempo ou prescrição, sendo uma faina ritual que exige esforço e dedicação, em responsabilidade e devoção. Este relembrar não serve para encontrar essências, purezas, unidade e muito menos ‘missões nacionais’. É um labor que expõe os padrões que geram as mono-narrativas-lineares culturais, as transcendentes e envolvidas em excepcionalismo heróico. Por contraste, este é um percurso em humildade e rendição, uma passagem orgânica de membranas e camadas de percepção, uma peregrinação comunitária em profundidade e ternura. Uma humilde viagem à intimidade de quem somos, onde não somos o centro, onde apenas estamos em relação e pertença”.
Sofia Batalha é designer de formação académica, professora, escritora e investigadora independente. É autora de nove livros e editora da revista online Vento e Água - Ritmos da Terra e do podcast Re-membrar os Ossos.
Sinopse de O Santuário – Ensaios sobre Eco-Mitologia:
A Eco-Mitologia fala do entrelaçamento essencial entre Ecologia e Mitologia. A Ecologia como os conjuntos interdependentes, simbióticos e dinâmicos dos múltiplos sistemas vivos que nos dão vida – das paisagens aos animais, passando pela meteorologia e os ciclos.
A Mitologia como as linhas matrizes – codificações oníricas, simbólicas e metafóricas – das histórias ancoradas pelo corpo, através do mais-que-humano e dos lugares. O território da Eco-Mitologia é sagrado, tão antigo quanto novo e, estes ensaios, pretendem questionar quem somos, para que voltemos inteiros, íntegros, híbridos e diversos.
Abrimo-nos a um colo quente e imanente pleno de histórias e sussurros, tocando noutro paradigma de embalo primevo de sustento e nutrição, em diálogo com a sombra e a luz.