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Exposições

TOM — todo o desenho possível

A Casa do Design apresenta uma exposição dedicada a Thomaz de Mello [Tom], artista gráfico luso-brasileiro, com obra referencial na ilustração, banda desenhada e publicidade, nos anos 20–80.

9 Abr a 16 Mai 2021

Casa do Design Matosinhos
Edifício Paços do Concelho, Rua de Alfredo Cunha, 4450-009
Preço
Entrada livre

A exposição TOM — todo o desenho possível apresenta ilustrações originais, publicações, figuras etnográficas, material gráfico e fotográfico, e outros elementos que dão a conhecer a obra de Thomaz de Mello [Tom], uma das personalidades mais fascinantes das artes visuais portuguesas do século XX, cuja atividade de ilustrador e designer se desenvolveu desde os anos vinte até à sua morte, em 1990.

A exposição é organizada em parceria pelas Câmaras Municipais de Matosinhos e de Setúbal e pela esad–idea, Investigação em Design e Arte, com curadoria de Jorge Silva, designer de comunicação, investigador, coleccionador e designer responsável, entre tanto projetos, pelos suplementos Ípsilon e Mil Folhas do jornal Público.

Esta exposição realiza-se no seguimento da exposição Os Bonecos de TOM, apresentada na Festa Ilustração Setúbal 2020, e faz-se acompanhar da publicação de carácter monográfico Tom: ilustração e design, co-editada com a Arranha-céus.

A exposição está patente até 16 de maio 2021, cumprindo as recomendações e boas-práticas de prevenção da COVID–19, com um programa paralelo a ser apresentado em breve.

Em 2006, o centenário do nascimento de Tom ocorreu marcado por uma absoluta indiferença. Nenhuma publicação ou exposição lhe foi dedicada, nenhum artigo jornalístico lhe deu nota [...]. As razões para a ausência do fundamental trabalho de memória — que resgata, das mãos do passado, uma obra e a revela sob a luz clara do presente — são diversas [...], falamos da rarefação disciplinar e da fragilidade da cultura do design em Portugal, país onde a edição, exposição e jornalismo sobre design são escassos [...]. A quem interessa entender a história do design português durante o século XX não deverá deixar de dedicar a devida atenção a um dos seus designers maiores, com atividade intensa entre as décadas de 1920 e 1980, multiplicando-se pela ilustração, design gráfico, design expositivo, design de interiores, design de mobiliário, design têxtil, de vidro e cerâmica, associando, além disso, o lado empresarial e o sentido cooperativo que o destacam como protagonista ímpar e de extraordinária relevância para o design português.
— Jorge Silva, curador

Tom (Rio de Janeiro, 1906–Paço d’Arcos, 1990) é o nome artístico de Thomaz de Mello, nascido no Rio de Janeiro em 1906, lisboeta a partir de 1928, uma referência na ilustração, banda desenhada e publicidade, nos anos 20 a 80. Foi um dinâmico empresário, corresponsável pela UP, a primeira galeria de arte moderna em Portugal (1933) e pela loja de mobiliário contemporâneo Artécnica (anos 70). Colaborou com os organismos oficiais de propaganda do Estado Novo, designadamente nos materiais de divulgação turística. Foi pioneiro nas artes do ferro forjado, mobiliário, vidro soprado, cerâmica e tapeçaria, com foco na modernização das artes populares: nota para os seus Bonecos Regionais Portugueses (duas séries, 1939 e 1969), figuras de madeira esculpidas ao torno e pintadas em cores vivas. Publicou três álbuns, Por Terras de Portugal, Nazaré e Feitiço (1948–1966). Às crianças deixou ilustrações e banda desenhada n'O Papagaio (1935,). A partir dos anos 70 pinta as séries dedicadas a Lisboa, Porto e Bahia, em serigrafia, litografia e offset. Ao nível do design de interiores e expositivo, destaca-se o trabalho realizado no Palácio Foz e no Pavilhão de Belém, as feiras internacionais de Paris e Nova Iorque (anos 30), o Mundo Português (1940), ou o Museu de Arte Popular (1948). Foi diretor técnico da FIL – Feira Internacional de Lisboa. Com o Studio Tom, fez publicidade para marcas como o Gazcidla, o Couto Mineiro do Pejão ou a Oliva.

Jorge Silva (Lisboa, 1958) é designer de comunicação, dedicado ao design editorial e à investigação e curadoria nas áreas do design e ilustração. Foi diretor de arte dos jornais Combate e O Independente e dos suplementos Y e Mil Folhas do jornal Público, com os quais arrecadou dezenas de prémios da The Society for News Design. Dirigiu várias revistas, como a 20 Anos, Ícon, LER e LX Metrópole. Criou o atelier Silvadesigners, dedicado ao branding cultural, sobretudo relacionado com a vida cultural lisboeta, destacando-se os trabalhos da Agenda Cultural de Lisboa, XXI e Blimunda. Foi diretor de arte do Grupo Editorial Leya. Criou o blogue Almanaque Silva, onde conta histórias da ilustração portuguesa. É consultor artístico da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, com quem edita a Coleção D, sobre designers portugueses. É membro da AGI – Alliance Graphique Internationale.

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