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Exposições

René Lalique e a Idade do Vidro

A primeira exposição que a Fundação dedica a René Lalique desde 1989 centra-se na relação do artista com o vidro, um dos materiais que mais utilizou na sua prática artística.

René Lalique. Pulseira «Mochos», c. 1900-1901. Coleção do Fundador


A seleção de 100 objetos, provenientes da Coleção do Fundador e de outros museus e coleções particulares, reúne joias, peças de ourivesaria, vidros e objetos de design.

O Museu Calouste Gulbenkian reúne na Coleção do Fundador quase duas centenas de obras de René Lalique, entre as quais se contam algumas das mais célebres joias criadas pelo artista.

A origem deste magnífico conjunto remonta à década de 1890, altura em que Calouste Gulbenkian e René Lalique se conheceram. A amizade de ambos, que durou meio século, levou o colecionador a adquirir, entre 1899 e 1927, a quase totalidade das obras diretamente ao artista, com apenas uma exceção.

O percurso da exposição, cronologicamente ancorado em dois momentos chave da arte do século XX – a Exposição Universal de 1900 e a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas de 1925 – percorrerá, no entanto, todos os grandes momentos da carreira do artista, desde a fase de produção artesanal como joalheiro no período Arte Nova, até ao período em que assumiu o papel de «industrial-criador» iniciada no momento em que passou a dedicar-se exclusivamente ao vidro.

Após a instalação da fábrica de Wingen-sur-Moder, na Alsácia, em 1922, e movido pela ideia de «arte social», preconizada pelo crítico Roger Marx, Lalique diversificou e desenvolveu a sua produção vidreira, orientada a partir de então para a realização de objetos destinados ao consumo alargado e à utilização sistemática da aplicação do vidro na arquitetura e no design.

A exposição, a primeira inteiramente dedicada a René Lalique na Fundação Calouste Gulbenkian desde 1989, reúne exatamente uma centena de obras – entre joias, vasos, revestimentos decorativos, objetos de uso quotidiano -, e revela de que forma a procura da transparência esteve sempre presente na produção do artista.

Para este projeto, o Museu Calouste Gulbenkian conta com a colaboração excecional do Museu Lalique, Wingen-sur-Moder, e com objetos provenientes de algumas das mais importantes coleções particulares do mundo. Estas peças ilustram, sobretudo, etapas fundamentais da carreira do artista na transição para a realização de objetos produzidos em escala industrial no período Art Déco.

Curadora: Luísa Sampaio

PROGRAMAÇÃO COMPLEMENTAR
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Visitas orientadas
Sábados, 7 e 21 novembro, 12 dezembro, 15:00 
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Visita e conversa com a curadora: 
«René Lalique e o vidro. A arte ao alcance de todos»
Sexta, 30 outubro, 16:30
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