"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"Al Cartio e Constance Ruth Howes de A a C"

As obras de Al Cartio (Honolulu, 1951) e Constance Ruth Howes (Baltimore, 1947) parecem à primeira vista ter pouco em comum. Para além do facto de ambos terem passado algum tempo em Portugal – Al Cartio em 1981 e Constance em 2015 –, pouco os une ou relaciona estilística e biograficamente. 

Al Cartio e Constance Ruth Howes

19 Out a 14 Jan 2019

Espaço Projeto - Coleção Moderna
R. Dr. Nicolau Bettencourt
Preço
Entrada livre


No entanto, uma observação mais atenta das obras apresentadas nesta exposição, com curadoria de Ana Jotta e Ricardo Valentim, evidencia um diálogo entre os trabalhos, revelando ligações surpreendentes entre os modos de ver e de pensar a realidade destes autores.

Al Cartio sempre se considerou um autodidata. No entanto, estudou História da Arte na Nova Scotia College of Art and Design, antes de explorar outras áreas por iniciativa própria. Como havaiano a residir em Brooklyn, Nova Iorque, o seu trabalho tem sido definido pelo desejo de aprender mais sobre outras culturas e pelo seu interesse por poesia e artes. A sua produção, diversificada, inclui desenho, escultura e textos, que são ao mesmo tempo uma resposta às suas viagens e uma critica aos tempos conturbados dos Estados Unidos. Como observador atento da vida quotidiana, usa a linguagem como um lugar de experimentação e de crítica. Al Cartio escreve palavras e lista nomes, uma prática calma e meditativa que revela como é viver no mundo de hoje. Conhecido como um dandy solitário, Al Cartio cultiva a paixão pelo sentir e pelo pensar, enquanto que o seu trabalho continua a ser imprevisível e a resistir a categorizações rigorosas.

Após uma longa carreira académica como professora de Ciências Políticas na City University of New York, Constance Ruth Howes passou um longo período de férias no Algarve, em 2015, onde fez uma série de aguarelas, representando paisagens marítimas icónicas do sudoeste português. Apesar de a sua intenção nunca ter sido expor essas aguarelas, e embora afirme que não é uma artista, é inegável a qualidade estética destas obras. Produzidas numa nova fase da sua vida, no fim da carreira profissional, estas obras não são apenas simples observações da natureza, mas articulações das suas próprias reflexões. Quando concluiu esta série, que disse ser apenas o resultado do tédio das férias, Howes afirmou que não tinha a intenção de voltar a pintar aguarelas.

Para o Espaço Projeto da Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian, Al Cartio e Constance Ruth Howes apresentam uma seleção de obras em papel, em que as palavras e as paisagens marítimas criam ritmos alternados ao longo da galeria. Integram ainda a exposição uma escultura de Al Cartio, exit C, de 1980, e uma aguarela do artista João Marques, sem título, de 1912, adquirida por Howes aquando da sua viagem a Portugal em 2015.

Por ocasião da exposição de A a C, o Museu Calouste Gulbenkian  publica um livro de Ana Jotta e Ricardo Valentim, intitulado Moer. A publicação inclui obras, correspondência e outros materiais diversos que os artistas têm partilhado desde que se conheceram, em 2010.

Curadores: Ana Jotta e Ricardo Valentim

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