"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Fernando Assis Pacheco

A 30 de novembro de 1995, morre o jornalista, crítico, tradutor e escritor português Fernando Assis Pacheco.

© DR

(Coimbra, 1 de fevereiro de 1937 - Lisboa, 30 de novembro de 1995)

Fernando Assis Pacheco nasceu em Coimbra, cidade onde se licenciou em Filologia Germânica e onde viveu até iniciar o serviço militar, em 1961. Na juventude, foi ator de teatro e redator da revista Vértice.

Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi diretor-adjunto. Foi também redator e chefe de Redação de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.

Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno. «Cuidar dos Vivos» é o título do livro de estreia, poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se na obra poética «Câu Kiên: Um Resumo» (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva com o título «Catalabanza, Quilolo e Volta».

Na obra «Memória do Contencioso e Outros poemas» (1980) reúne folhetos publicados entre 1972 e 1980, e em «Variações em Sousa» (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu romance «Trabalhos e Paixões de Benito Prada». Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética.

 

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