"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Anastácio Gonçalves

A 14 de setembro de 1965 morre António Anastácio Gonçalves, médico e extraordinário colecionador de arte.

Retrato do Dr. Anastácio Gonçalves por José Malhoa

(Alcanena, 2 de outubro de 1888 - Leninegrado, 14 de setembro de 1965)

Em 1932 adquire, em hasta pública, a Casa-Malhoa na então Avenida António Maria d’Avellar, em Lisboa.

Ao adquirir a casa o colecionador tomou a decisão de deixá-la como herança ao país e, deste momento em diante, a sua coleção privada orientou-se para um dia ser apreciada por todos. Um de seus pacientes foi o também colecionador Calouste Gulbenkian e ambos acabaram por tornar-se amigos.

Apesar de ter viajado por todo mundo e ter consultores em conceituadas leiloeiras em França e Londres, o seu acervo foi constituído em quase toda a sua totalidade no mercado português.

Dr. Anastácio Gonçalves tinha um cuidado soberbo com as suas obras de arte. Ele próprio inventariou sistematicamente as obras que ia adquirindo. Atribuía uma numeração e sigla específica para cada núcleo: pintura, mobiliário, etc.  Atestava também o seu estado de conservação, juízos de valor e proveniência. Tais documentos têm sido imprescindíveis para os conservadores e historiadores no estudo deste acervo.

O colecionador fez desta casa a sua morada e o cofre da sua coleção privada até à sua morte em 1965. A casa só viria a transformar-se em espaço museológico em 1980.

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