(Londres, 22 de fevereiro de 1857 - Nieri, 8 de janeiro de 1941)

Não foi um aluno brilhante mas conseguiu uma bolsa para uma boa escola – Charterhouse, onde o Reitor incentivava os alunos a participarem em peças para desenvolver diversas capacidades: falar bem e com clareza, sem embaraço; a modificar o seu aspeto e voz de acordo com as situações; esquecerem-se de si próprios tentando parecer-se com as personagens que encarnavam; e trabalhar em conjunto, como um grupo, para o sucesso de uma peça. Incursões nos bosques da escola e esboços de animais e pessoas eram atividades regulares de BP.

Terminado o liceu concorreu ao Exército e foi aceite como Oficial, para o 13º Hussardos, partindo para a Índia em 1876.

Entre os seus feitos militares mais notáveis figuram as campanhas contra os Ashantis e os Matabélés - tribos africanas que se tinham revoltado – dirigidas com um extraordinário engenho e, ainda, o cerco de Mafeking, na África do Sul, onde, durante 217 dias, em inferioridade numérica e em más condições, se defendeu dos Boers, imigrantes de origem holandesa em rebelião contra o governo central.

Desenvolveu técnicas de observação, reconhecimento de pistas e trilhos – daí a palavra SCOUT (batedor), e escrevia artigos para revistas sobre tácticas militares.

Em 1907, realizou na ilha de Brownsea um acampamento com 24 rapazes para experimentar o seu método, que serviu de base ao livro "Escutismo para Rapazes”. Não estava ainda a obra completa e já se começavam a formar grupos de Escuteiros. Foi um êxito! Em menos de dois anos, sem apoio direto, já havia em Inglaterra cerca de 100.000 Escuteiros com cerca de 7.000 chefes.

Em 1910, o Rei Eduardo VII propunha a Baden-Powell retirar-se do Exército, para se consagrar exclusivamente ao Movimento que criara e de que continuava a ser o principal mentor. Entretanto, o Escutismo galgava fronteiras, pelo conhecimento dos magníficos resultados obtidos na Grã-Bretanha e Baden-Powell foi nomeado Chefe do Escutismo Mundial, cargo que desempenhou até à sua morte, em 1941.