"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Afonso Lopes Vieira

A 25 de janeiro de 1946, faleceu o poeta Afonso Lopes Vieira.

(Leiria, 26 de janeiro de 1878 — Lisboa, 25 de janeiro de 1946)

Filho de um advogado, cursou Direito em Coimbra de 1895 a 1900 e praticou a advocacia em Lisboa. Em 1902 encontra-se a exercer o cargo de redactor da Câmara dos Deputados. Em 1916 passa a dedicar-se exclusivamente à literatura, empenhando-se num admirável esforço de divulgação e valorização de obras e escritores clássicos portugueses, aqueles que, de acordo com o seu nacionalismo esclarecido, melhor traduzem o espírito e a sensibilidade lusitanos.

Afonso Lopes Vieira contribuiu profundamente para o refortalecimento do nosso património literário e cultural ao promover o gosto pelo teatro vicentino, adaptando algumas peças (Monólogo do VaqueiroAuto da Barca do Inferno) e proferindo diversas conferências (A Campanha Vicentina. Conferências & Outros Escritos, 1914), ao restituir à língua portuguesa duas obras que corriam em versão castelhana, o Amadis de Gaula (O Romance de Amadis, 1922) e a Diana de Montemor (A Diana de Jorge de Montemor em Português, 1924), ao interessar-se por uma edição nacional d' Os Lusíadas, com a reprodução do texto da edição princeps de 1572, e por uma edição crítica da Lírica, ao escrever livros de comovida singeleza para crianças e adultos, ilustrados e musicados por artistas como Raul Lino e Tomás Borba (Animais Nossos Amigos, 1911; Bartolomeu Marinheiro, 1912; Poesias sobre as Cenas Infantis de Schumann, 1915).


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